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Alcântara revive tempo do Império
Do Diário do Grande ABC
01/05/2002 | 18:11
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Os costumes e o modo de vida do Império serão revividos em Alcântara, no Estado do Maranhão, situada ao lado da capital, São Luís, em uma das manifestações culturais mais ricas do país: a Festa do Divino Espírito Santo. De 31 de maio a 11 de junho, o povo maranhense relembra a festa – originada no século 17 e trazida pela corte de D.João VI quando se mudou para o Brasil – que comemora a aparição do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus.

As comemorações têm início quando a cidade reúne-se para levar o Mastro do Divino, um tronco de 10 m, até a praça Gomes de Castro, ao som das caixeiras – uma espécie de tambor – e de muitos fogos de artifício. A preparação da festa, no entanto, começa bem antes. Os grupos festeiros, formados normalmente por duas ou três caixeiras, percorrem as ruas com a bandeira do Divino.

Há também uma missa com a participação de componentes e convidados, quando ocorre a coroação do Imperador do Divino. Durante o dia, todos dançam e cantam diante da corte. À noite, reza-se a ladainha para, depois, prosseguir novamente a festa. No dia mais importante, o Imperador recebe os convidados para um grande almoço. No fim do evento, denominado lava-pratos, é realizado um sorteio para ver quem será o Imperador do próximo ano.

Alcântara – A pequena cidade que abriga a festa fica ao lado de São Luis – para chegar lá é necessário uma hora de travessia de barco. São apenas dez ruas, oito vielas e três praças, com atrações turísticas totalmente voltadas para o seu passado aristocrático colonial. As ruínas das duas casas do Imperador e o Porto do Jacaré são exemplos. Os visitantes podem conhecer também a Igreja do Carmo, o Pelourinho e a Igreja Matriz de São Matias, todos do século 17.

São Luís – Ponto de passagem para a Festa do Divino, a capital do Maranhão guarda a história, a arte e o folclore da região em suas construções. A influência portuguesa e francesa se fazem presente nas fachadas azulejadas dos casarões coloniais no Centro Histórico da cidade, nas ruas estreitas de paralelepípedos e na iluminação de lampiões. A época colonial de São Luís pode ser também revivida no Museu de Artes Visuais, com fotos, pinturas de artistas plásticos locais e os tradicionais azulejos de Lisboa e do Porto.

Os imponentes palácios coloniais completam o patrimônio histórico de São Luis. Construído em 1689, o La Ravardière, que já foi a Casa da Câmara e também cadeia, hoje é sede da Prefeitura. Os visitantes podem conhecer também o Palácio dos Leões, datado de 1612, embora a construção atual não seja a mesma da época. Outro símbolo marcante é a Igreja da Sé, um dos monumentos mais antigos da cidade.

Quem prefere aproveitar o sol intenso da região irá encontrar em São Luís belas praias para todos os gostos. Com um mar calmo e dunas cobertas por vegetação rasteira, a praia Calhau é a mais movimentada da cidade, sobretudo à noite, quando as barracas oferecem pratos típicos da culinária maranhense. Os jovens lotam a praia Forte de São Marcos, onde os banhistas podem conhecer as ruínas do antigo forte do século 18.

Colaborou Daniele Próspero.




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