O mapeamento, obtido pelo Estado, foi feito entre a noite de quarta-feira e a manhã de ontem pelo Setor de Acompanhamento e Controle da GCM e mostra que os novos "fluxos" de dependentes químicos já chegam à Avenida Paulista, cartão-postal da cidade, onde os guardas flagraram um grupo de 20 usuários por volta da 1 hora. O maior "fluxo", contudo, se concentra na Praça Princesa Isabel, próxima de onde ficava a Cracolândia, com 300 viciados.
Na Praça da Sé, onde já viviam muitos moradores de rua, a GCM contou um "fluxo" de 200 viciados à noite. "Tem muito mais gente usando droga na rua", afirma a vendedora Roseane Belarmino, de 28 anos. "O policiamento aumentou, mas o ?fluxo? também", reclama Ben Hur Augusto, de 48 anos, dono de uma banca de jornal.
Segundo a gestão Doria, a GCM "está monitorando desde domingo os grupos de dependentes químicos para informar as equipes de saúde e assistência social para que possam realizar as abordagens e atendimentos". Ainda segundo a Prefeitura, não é possível afirmar que existem 22 pontos fixos de consumo de droga porque "os dependentes andam ao longo do dia pelas ruas do centro".
Internação
As Avenidas Liberdade, São João e Brigadeiro Luís Antonio são outros endereços onde os guardas-civis localizaram mais de 40 viciados concentrados. A dispersão dos usuários foi um dos argumentos usados pela gestão Doria no pedido feito anteontem à Justiça para poder realizar "busca e apreensão de pessoas em situação de drogadição" para fazer avaliação e internação compulsória. Segundo a Prefeitura, "o domínio desses locais continua com os traficantes".
A proposta de internação compulsória em massa foi criticada por promotores, defensores públicos, médicos e até por aliados de Doria, como o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para quem a internação à força deve acontecer "em último caso". "A última palavra é do juiz." O pedido da Prefeitura deve ser julgado nos próximos dias pela 7.ª Vara da Fazenda Pública.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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