ouça este conteúdo
|
readme
|
Todo o grupo e comissão técnica do São Caetano foram merecedores do título da Série A-2 estadual, mas talvez nenhum deles merecesse tanto quanto o treinador Luís Carlos Martins. Desde 2014 no clube, colecionou boas campanhas, mas em duas (Série D de 2015 e A-2 de 2016) bateu na trave e acabou tendo o trabalho questionado, foi muito criticado por parte da torcida e iniciou o campeonato deste ano pressionado. Terça-feira, porém, reassumiu a alcunha de Rei do Acesso ao subir uma equipe pela 17ª vez na carreira e, ontem, definitivamente cravou seu nome na história azulina ao ser campeão.
“Os anos que batemos na trave não foram ruins. Foram belíssimas campanhas, o time chegou e ficou fora por um empate, uma vitória, um gol. Mas este ano veio coroada a subida com o título”, disse Martins ainda no campo após a partida.
Quem assistiu ao jogo percebeu que o São Caetano pode não ter sido tão incisivo quanto o adversário, mas lutou e foi guerreiro até o apito final. Essa situação tem explicação e o treinador revelou uma parte da conversa que teve com os atletas antes do confronto. “Falei na palestra aos jogadores hoje (ontem): ‘não posso pedir muito mais de vocês, só mais um pouquinho. Tentem fazer o máximo para dar esse título para São Caetano e para o torcedor’”, contou o comandante.
O próprio volante Régis, autor do segundo gol azulino, destacou o empenho do time durante os 97 minutos (contados os acréscimos nas duas etapas). “A gente entrou focado. Partida como essa o equilíbrio emocional conta muito. E foi o que o São Caetano teve do início ao fim, marcando em cima do adversário. Isso fez com que a gente conseguisse o último objetivo, que era ser campeão.”
No fim das contas, ao fazer um breve balanço da campanha desde a formação do elenco até o grito de “é campeão”, Martins abusou da rotineira sinceridade. “Terminamos como o time que mais venceu e nunca saímos do G-4. Não temos grande grupo em nomes, mas são jogadores que lutam, são determinados e que respeitaram a camisa e a cidade”, disse.
Agora, a ordem é celebrar. No início da semana o grupo retorna ao trabalho e começam as definições de quem segue para a disputa da Copa Paulista – que começa em 1º de julho.
Torcidas comparecem em grande número e fazem festa
A torcida do São Caetano fez a festa no Estádio Anacleto Campanella. Os gritos de “o Azulão voltou”, referentes ao acesso que confirmou o regresso à elite estadual conquistado na terça-feira, se transformaram naqueles que estavam engasgados e aos poucos dominaram a praça esportiva: “o campeão voltou, o campeão voltou”, em alusão à conquista de um título 13 anos após o último, que havia sido o Paulistão de 2004.
Nem mesmo a forte chuva tirou o ânimo dos são-caetanenses, que compareceram em grande número – o público presente foi de 6.372 pessoas, contando os visitantes, que vieram de Bragança Paulista ao Grande ABC em 26 ônibus e também fizeram barulho desde a chegada.
OVNI?
No segundo tempo da partida, o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza paralisou por alguns instantes o confronto em razão de um drone sobrevoar o campo de jogo. A situação foi logo resolvida.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.