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Enila diz que carbonato de bário foi comprado uma única vez
Do Diário OnLine
18/06/2003 | 17:03
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O responsável pelo setor de compras do laboratório Enila, Ricardo Alonso Martinez, afirmou em depoimento, nesta quarta-feira, que a empresa comprou carbonato de bário uma única vez. A substância — altamente tóxica e encontrada em amostras do lote 3040068 do Celobar — teria provocado a morte de 22 pessoas que ingeriram o medicamento.

Segundo informações da Rádio CBN, Martinez disse ainda que o sulfato de bário (princípio ativo do Celobar) era comprado do laboratório alemão Satcheleben. A última compra da substância, em abril de 2002, teria sido suficiente para a produção do medicamento até o lote anterior ao que apresentou contaminação por carbonato de bário.

De acordo com a versão do laboratório Enila, a contaminação foi provocada por um erro do químico Antônio Carlos da Fonseca, que se "esqueceu" de lavar equipamentos usados na manipulação de substâncias tóxicas e, pouco depois, utilizou os mesmos equipamentos para a produção do Celobar.

As suspeitas, entretanto, são de que o laboratório tentou transformar o carbonato de bário em sulfato de bário. Essa alteração poderia tornar a produção do Celobar mais barata, uma vez que o sulfato de bário é importado. O Enila, porém, não tinha autorização e nem condições técnicas para realizar essa experiência.




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