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Rússia pagará as dívidas herdadas da URSS
Das Agências
07/01/2001 | 18:14
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O presidente Vladimir Putin assegurou neste domingo que a Rússia ‘‘vai pagar as dívidas herdadas da URSS’’, segundo informaram as agências russas de notícia. “A Rússia tem a intenção de pagar e vai pagar as dívidas herdadas da União Soviética’’ declarou Putin no aeroporto moscovita de Vnoukovo, onde foi levar o chanceler Gerhard Schroeder, cujo país é o principal credor da Rússia com 48% da dívida herdada da URSS.

O presidente Putin destacou que 25% das despesas orçamentárias estavam previstas para o reembolso da dívida. “Ninguém tem interesse em colocar a economia russa em uma situação na qual não possamos cumprir nossos compromissos internacionais”, acrescentou Putin.

Já, Schroeder, que realizou uma visita particular ao país, anunciou a realização de uma reunião de experts no mês de janeiro para discutir as modalidades de reembolso da dívida herdada da URSS com o Clube de Paris, do qual a Alemanha faz parte, segundo a agêmcia Ria Novosti.

O chanceler alemão propôs a Putin converter uma parte da dívida em participações em sociedades russas, uma solução que os dois países vão examinar em breve. A Alemanha é contra a idéia de aliviar a dívida da Rússia por considerar que o país é capaz de reembolsar suas dívidas, graças, entre outros, a estabilidade do preço do petróleo no mercado internacional.

Nesta sexta-feira, o vice-ministro russo das Finanças, Alexeï Oulioukaev, havia declarado que a Rússia tinha a intenção de ‘‘adiar’’ os primeiros pagamentos devidos em 2001 ao Clube de Paris a título da dívida herdada da URSS, ao mesmo tempo que deu garantias de que o país vai respeitar seus compromissos.

No dia 1 de janeiro a dívida da Rússia com o Clube de Paris ultrapassava 48,3 bilhões de dólares, dos quais 21,1 bilhões de dólares são devidos à Alemanha. Nos últimos meses iniciou-se um debate na Rússia entre os partidários de um reembolso rápido e integral da dívida externa e aqueles que desejam destinar o superávit gerado pelas exportações de petróleo para aumentar o gasto público.




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