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Marinho apresenta orçamento e cobra recursos do Estado
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
08/10/2010 | 08:46
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Durante a apresentação da previsão orçamentária para 2011, ontem, no Paço, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), criticou o governo do Estado (comandado há 16 anos pelo PSDB) por não aportar recursos para a cidade.

A LOA (Lei Orçamentária Anual) será protocolada na Câmara quarta-feira (dois dias antes de expirar o prazo) e prevê R$ 3,58 bilhões para investimentos. Do montante, R$ 2,2 bilhões são provenientes de receitas próprias do município. O restante é a soma do valor acumulado previsto para repasses dos governos estadual e federal (aproximadamente R$ 1,1 bilhão), de parcerias, fundos de desenvolvimento e tomadas de empréstimo.

O descontentamento de Marinho é quanto à discrepância quanto aos valores aportados pelo governo federal (R$ 782 milhões) e estadual (R$ 300 milhões). "Ajuda do governo estadual praticamente não existe. Dos R$ 300 milhões, R$ 214 milhões são referentes a repasses obrigatórios", analisou o chefe do Executivo, ao valorizar o próprio empenho. "De resto ficam menos de R$ 100 milhões. Isso se confirmarmos R$ 66 milhões para a habitação, que são graças ao meu esforço junto à Caixa Econômica Federal para comprar carteiras da CDHU."

Questionado se encontra dificuldades em governar São Bernardo por pertencer a partido que encabeça a oposição ao governo estadual, Marinho minimizou. "Não é difícil pela ajuda do governo federal, mas poderia ser melhor se o governo do Estado participasse."

O total do aporte financeiro do governo federal é proveniente, principalmente, da segunda fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e do SUS (Sistema Único de Saúde).

"Este montante (R$ 3,58 bilhões) deve-se a duas coisas: ao crescimento econômico da cidade e à captação de recursos do governo federal", reiterou Marinho, exaltando a contribuição do governo Lula.

Recursos federais, estaduais, parcerias, tomadas de empréstimo e as receitas próprias do município totalizam R$ 3,1 bilhões, e integram a administração direta (verbas distribuídas entre as secretarias de governo). Destacam-se os investimentos previstos para a Saúde (R$ 692 milhões) e para a Educação (R$ 573 milhões).

O restante (R$ 469 milhões) contempla a administração indireta (autarquias e fundações etc). Faz parte do grupo a Câmara de Vereadores, que ficará com R$ 54,3 milhões.




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