No Sistema Solar, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno têm anéis. São planetas gigantes e gasosos (compostos principalmente por gases), formados há cerca de 4,5 bilhões de anos, assim como a Terra. Durante o surgimento, partículas de gelo e poeira que não chegaram a se unir passaram a circular ao redor de cada um, formando os anéis.

Os primeiros a serem descobertos foram os de Saturno, pois são extensos e facilmente visíveis por telescópio. O cientista italiano Galileu Galilei foi quem os avistou no início do século 17. Apesar de ser o maior planeta do Sistema Solar, Júpiter tem anéis bem finos. Por isso, foram registrados apenas no fim da década de 1970 pela sonda espacial Voyager I.

Poucos anos antes, os de Urano - que também são estreitos e fracos - foram observados por cientistas norte-americanos. A descoberta aconteceu sem querer; durante estudo perceberam que uma camada de poeira perto do planeta interferia na forma como a luz de uma estrela chegava à Terra. Concluíram que o fenômeno era causado por anéis. Entretanto, apenas em 1986 foi possível conhecê-los melhor por meio da sonda espacial Voyager II. O mesmo equipamento permitiu que astrônomos encontrassem, em 1989, os anéis de Netuno.

Estudiosos acreditam que esses anéis de poeira e gelo possam sobreviver ainda por milhares de anos sem aumentar ou diminuir de tamanho. Até hoje não apresentaram mudanças aparentes. Os planetas rochosos - Mercúrio, Vênus, Terra e Marte - não possuem anéis.

Luas também giram ao redor do planeta

Satélite natural ou lua é um tipo de astro menor que circula ao redor de um planeta, assim como os anéis. Mercúrio e Vênus são os únicos do Sistema Solar que não os possuem. Todos, até mesmo a lua da Terra, não têm luz própria como as estrelas. Vemos o brilho porque refletem a luz do Sol.

Júpiter possui 63 conhecidos (outros podem ser descobertos). Os quatro maiores chamam-se Io, Europa, Calisto e Ganimedes. São conhecidos como satélites galileanos, pois foram encontrados por Galileu Galilei em 1610. Saturno tem pelo menos 53 luas. Titã é a maior do Sistema Solar e a única que possui atmosfera.

Foram encontradas até agora 27 luas em Urano. A maioria ganhou nomes de personagens do escritor William Shakespeare, como Julieta e Desdemona. As maiores são Titânia e Oberon, achadas em 1787. Netuno tem 13 satélites naturais. Tritão é o maior deles e o primeiro a ser notado, em 1846, seguido de Nereida, em 1949.

Milhões de estrelas na galáxia

Calcula-se que existam cerca de 100 bilhões de estrelas na Via Láctea, galáxia em que se encontra o Sistema Solar (onde fica a Terra). A quantidade delas pode ser comparada ao número de grãozinhos de areia da praia. Difícil contar, não?

Em torno de cada uma podem existir planetas parecidos com aqueles que conhecemos. Mas como o universo é gigantesco (nem sabemos o tamanho), os cientistas ainda têm muito o que descobrir. Por isso, encontram novos astros com frequência.

Várias estrelas são menores do que o sol. O curioso, porém, é que também há muitas do mesmo tamanho e até bem maiores do que ele. Entretanto, só o enxergamos porque está mais perto da gente.

Consultoria de Fernando Roig, pesquisador do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, e Jorge Horvath, professor do Instituto de Astronomia da USP.

Guilherme Henrique Morgado, 11 anos, de São Caetano, aprendeu na aula de Ciências que alguns planetas têm anéis, mas não sabe como surgiram. "Devem ser asteroides que passaram por perto e começaram girar ao redor deles."