O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), foi um dos grandes vitoriosos da região na primeira fase da eleição. O petebista desempenhou função estratégica local para garantir a vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo de São Paulo.

Em números totais, o tucano não levou vantagem no aglomerado de sete cidades, mas na cidade dirigida por Auricchio alcançou 61,61% dos votos válidos, a maior porcentagem do Grande ABC.

Aliás, São Caetano foi a única da região que acompanhou a tendência estadual e deu vitória ao ex-governador no primeiro turno. Também apresentou exclusiva votação do presidenciável José Serra (PSDB), que rompeu a barreira dos 50% dos votos válidos na cidade.

No entanto, o moral do chefe do Executivo é mais pessoal do que de conjunto. Ele não estará nas urnas em 2012. Terá de indicar um nome para sua sucessão. Está aí o desafio. Auricchio terá de se empenhar para manter o grupo político unido e sustentar a hegemonia do PTB no município, que perdura desde 1982.

Ao término de seu mandato, espera-se reconhecimento do tucanato para alçar voos mais altos. Poderá integrar o primeiro escalão do Palácio dos Bandeirantes ou ter apoio incondicional para concorrer a cargo eletivo a partir de 2014.

A exemplo do que ocorrerá em São Caetano em 2012, os prefeitos de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), e de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), não poderão disputar a reeleição daqui a dois anos.

O verde, que pode invadir o território mauaense e tentar conquistar o Paço da cidade vizinha, já tem sucessor quase certo: Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), seu atual vice. Kiko terá mais trabalho para apontar o político que dará continuidade ao seu projeto.

Mas, em ambos os casos, sopram a favor dos atuais administradores o fato de terem feito seu papel - as candidaturas de Alckmin e Serra foram vencedoras em seus domínios -, estarem com grande arco de alianças e enfrentarem oposição, liderada pelo PT, em frangalhos, ainda juntando cacos das derrotas no pleito municipal de 2008.