Gratz lembrou que o processo já foi examinado pelo TRE capixaba, que, por unanimidade, rejeitou pedido do Ministério Público Eleitoral do Espírito Santo para que fosse aberta uma investigaçao sobre o caso.
Brindeiro tomou a iniciativa contra o presidente da Assembléia depois que o MPE, derrotado no TRE, entrou com recurso ordinário no TSE.
O motivo da controvérsia, de acordo com o procurador-geral da Assembléia Legislativa, Joao Marcos Lopes de Farias, foi a contrataçao de publicidade institucional do Legislativo supostamente dentro do prazo da campanha eleitoral de 1998, o que é proibido por lei. Um anúncio divulgando a aprovaçao de um projeto na Assembléia liberando verba para Casa de Custódia de Viana, porém, foi veiculado, o que levou o MPE a entender que a legislaçao foi violada para promover o presidente da Assembléia.
"Nao foi", disse Gratz. "A publicidade foi do Legislativo nao minha; senao, vao ter que dizer que beneficiou também os outros 29 deputados".
O parlamentar afirmou que a publicidade foi parte de um contrato assinado pelo setor de comunicaçao social da Assembléia, sem a sua interveniência, com a Rede Gazeta, em maio de 1998, portanto antes do início do prazo de proibiçao. Gratz disse também que, assim que o pedido de investigaçao foi feito ao TRE, suspendeu a veiculaçao.
"Cancelei todos os empenhos", disse. Apenas um anúncio, segundo o presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo foi ao ar.
Farias explicou que a lei proíbe a autorizaçao da veiculaçao de publicidade durante a campanha eleitoral. "Isso foi respeitado", afirmou. Ele também lembrou que as contas da Assembléia Legislativa foram aprovadas e que o Ministério Público Eleitoral nao tentou impedir a diplomaçao de Gratz. Apenas cerca de R$ 6 mil foram gastos na publicidade questionada.
O processo de Gratz está com o ministro Edson Vidigal e deverá ser julgado em fevereiro, após o recesso. Se TSE acatar o pedido de Brindeiro, vai determinar que o TRE-ES abra investigaçao judicial sobre o caso. Só após esse inquérito seria julgada a cassaçao do mandato de Gratz.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.