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Exército colombiano nega combates com guerrilha
Do Diário do Grande ABC
19/11/1999 | 15:35
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O exército colombiano negou esta sexta-feira que mantenha ``fortes combates' com a guerrilha marxista das Farc na fronteira noroeste com o Panamá e que tenha feito incursoes nesse país, tal como afirmou o chefe da polícia panamenha.

``Nao estamos combatendo na fronteira nem entramos em território panamenho', disse por telefone o coronel Carlos Latorre, da divisao das operaçoes da Brigada 17 do Exército. A Brigada 17, com sede na cidade de Carepa (700 km a noroeste de Bogotá), tem jurisdiçao na estratégica regiao de Urabá, na fronteira com o Panamá, recordou o chefe militar. O alto comando militar colombiano ``solicitou as informaçoes da imprensa panamenha que falam desses supostos combates e incursoes', acrescentou Latorre. Além disso, disse desconhecer se enfrentamentos entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e os paramilitares de extrema-direita que operam em Urabá. ``As unidades destacadas perto da fronteira nada nos reportaram a respeito', frisou o oficial colombiano.

Segundo o chefe da Polícia do Panamá, Carlos Barés, os militares e as Farc travam violentos combates na fronteira, chegando a entrar em território panamenho. Os ``fortes combates' explodiram na quarta-feira afetando a cidadezinha panamenha de La Bonga, na comarca de Kuna Yala, área fronteiriça com a a Colômbia, 300 km a nordeste da Cidade do Panamá, disse Barés.

Testemunhas citadas pela imprensa panamenha indicaram que nos combates participaram, também, membros das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC, paramilitares). As Farc e o rebelde Exército de Libertaçao Nacional (ELN, guevarista) travam uma ``guerra de morte' com as AUC em Urabá e outras regioes da colômbia, que inclui ataques contra lavradores e outros civis alheios ao conflito, mas que cada lado entende como ``colaboradores' do adversário.

O grupo marxista desatou entre terça e quarta-feira desta semana uma sangrenta ofensiva no centro e no nordeste da Colômbia, deixando um saldo de 96 mortos (86 rebeldes e 10 membros da força pública), segundo o Exército.

As Farc estao comprometidos numa negociaçao de paz com o governo do presidente colombiano, Andrés Pastrana.




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