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Já está na hora de tirar a fantasia do guarda-roupa
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
04/02/2010 | 07:00
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Pode tirar a fantasia do guarda-roupa e esquentar os tamborins. Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Olinda e os municípios do circuito histórico de Minas já estão com tudo pronto para celebrar a maior festa popular do País: o Carnaval.

Cada uma, claro, com seu estilo próprio de cair na folia. Enquanto paulistas e cariocas desfilam fantasiados nos bailes e passarelas dos sambódromos com transmissão maciça na TV, soteropolitanos correm atrás de trios elétricos embalados pelo som do axé, recifenses caem no frevo, maranhenses brincam de bumba meu boi, mineiros enfrentam o sobe e desce de ladeiras impulsionados pela irreverência dos blocos de rua das cidades históricas e olindenses se divertem com seus tradicionais bonecos gigantes. Ufa!

No Rio, os famigerados desfiles do grupo especial no sambódromo da Marquês de Sapucaí começam no dia 14 com as apresentações das escolas União da Ilha, Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Tijuca, Viradouro, Salgueiro e Beija-Flor. Na segunda-feira, a ‘maratona' prossegue com Mocidade Independente, Porto da Pedra, Portela, Grande Rio, Vila Isabel e Mangueira.

Agências de turismo e a própria Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro ainda têm camarotes e cadeiras especiais à disposição. Os preços variam de R$ 110 a R$ 26,5 mil (valor dos pacotes que incluem outros serviços oferecidos pelas operadoras de turismo). Para quem prefere gastar pouco, a venda das arquibancadas populares será liberada sábado, a partir das 9h, por telefone.

Geralmente, os ingressos se esgotam na primeira hora, sendo que cada pessoa pode comprar até quatro entradas para cada dia de desfile. Os tíquetes custam R$ 10 e devem ser adquiridos pelo telefone (0xx21) 2125-0006 para as arquibancadas do setor 6 e (0xx21) 2125-0013 para o setor 13.

Mas também é possível cair na folia carioca sem ter de pagar nada. Basta correr atrás de um dos diversos blocos de rua que tomam conta do centro e dos bairros da Cidade Maravilhosa agregando adeptos e garantindo muita diversão a quem passa. Considerados antigamente uma atração do subúrbio, os imensos cordões de foliões ganharam a Zona Sul e, hoje, proporcionam divertidíssima festa aos moradores de Ipanema, Leblon, Copacabana e adjacências. Nem todos são gratuitos, mas a diversão é garantida seja qual for a escolha.

Os mais tradicionais são o Cordão do Bola Preta (Centro); o Suvaco do Cristo (Jardim Botânico); o Meu Bem Volto Já (Leme); o Simpatia é Quase Amor; que arrasta centenas de transformistas e drag queens pelas ruas de Ipanema; o Galinha do Meio-Dia, que imita o Galo da Madrugada recifense - considerado o maior bloco carnavalesco do mundo -, em Copacabana; o Monobloco, que sai do fim da praia do Leblon fazendo um mix de percussão, MPB e samba; e o Imprensa Que Eu Gamo, formado por jornalistas no bairro de Laranjeiras, entre tantos outros espalhados por Botafogo, Tijuca e Flamengo.

O bloco da Segunda, como o próprio nome indica, ganha as ruas na segunda-feira, enquanto o Clube do Samba passa pela Avenida Atlântica e o Bip-Bip faz de Copacabana uma grande passarela. O Barbas - criado por Nélson Rodrigues Filho há 22 anos - traz como diferenciais a preferência por enredos políticos e um caminhão-pipa que se encarrega de dar uma banho de água nos foliões.

O mais curioso de todos, no entanto, é o Concentra Mas Não Sai. Formado por boêmios, ele deveria partir do bar Severyna, na Rua Ipiranga. Mas, como a saideira não tem hora para acabar, o bloco jamais arreda o pé, e nunca passou da "concentração".




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