Economia Titulo
Construtoras mantêm apostas na região
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
15/02/2009 | 07:10
Compartilhar notícia


Ao contrário de outros setores, o mercado imobiliário no Grande ABC não apresenta reflexos negativos expressivos em função da crise financeira mundial, mas dificilmente repetirá 2008.

A previsão de profissionais do setor é de que o número de lançamentos na região neste ano deve apresentar o mesmos números registrados em 2006, segundo o diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), Luiz Pompéia. Naquele ano foram lançados 4.209 apartamentos, de acordo com o levantamento da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). "É impossível comparar os outros anos com 2007 e 2008, pois foram períodos excepcionais, onde o crescimento apresentado foi acima do normal", afirma Pompéia.

Para se ter uma ideia, em 2007 foram lançados 6.879 apartamentos. Em 2008, apenas entre janeiro e julho, forma lançados 43 empreendimentos, o que corresponde a 5.166 unidades.

Mesmo assim, os resultados para este ano continuam sendo positivos. O diretor da Embraesp explica que a região oferece oportunidades de compra diferenciadas, quando comparadas com a Capital paulista e bairros como Ipiranga, Moema, Vila Mariana ou Madalena, por exemplo.

A preferência de construtoras e incorporadoras pelas sete cidades não é por acaso. Os terrenos são mais baratos do que em outras regiões, o que permite construir um imóvel do mesmo padrão por um valor final até 50% mais baixo.

"Esse é um dos motivos que, com certeza, irá ajudar o mercado imobiliário a crescer novamente - o que deve acontecer entre abril e maio deste ano", esclarece Pompéia.

O fato de os bancos manterem as facilidades ao crédito para financiamento da casa própria assim como as taxas de juros, mesmo com a crise, também colaborou para que a região não sofresse grandes impactos, acredita o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), João Crestana.

"As instituições financeiras estão dispostas à seguir a mesma atuação no quesito financiamento neste ano", afirma.

Ele acredita que o mercado imobiliário deverá se manter crescimento nos próximos cinco anos. "É uma curva em ascendência. Claro que muito mais pela insegurança do cenário econômico atual, consumidores e empresários puxaram o freio e é provável que haja queda de 10% no volume de imóveis lançados neste ano, em comparação com 2008 e 2007, no Estado. Mas, isso não significa que não iremos crescer".

A tendência para este e os próximos anos são os imóveis entre 60 m² e 80 m², com dois ou três dormitórios, na faixa entre R$ 150 mil e R$ 250 mil, avalia João Crestana. "As classes sociais mais elevadas já foram abastecidas nos anos anteriores. Agora é a vez do mercado popular, da classe social média/baixa".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;