O deputado federal Wanderley Martins (PDT-RJ), integrante da comissao, confirmou que a CPI recebeu o mesmo informe. "Mas nao comprovamos nada ainda", afirmou. De acordo com informaçoes levantadas pela polícia, Beira-Mar tem ligaçoes estreitas com o esquema político de Oviedo e, por isso, estaria foragido naquele país, onde conta com proteçao. A polícia suspeita ainda de que pessoas da quadrilha do traficante carioca possam ter trabalhado junto com homens de Oviedo em açoes do crime organizado no Paraguai. Desde a crise detonada com o assassinato de Argaña, que culminou com a renúncia do presidente Raúl Cubas, o general paraguaio está asilado na Argentina.
Apesar do exílio, Oviedo ainda tem respaldo em setores do Exército e da sociedade. Na semana passada, oito militares fiéis ao general foram presos. Segundo a imprensa paraguaia, eles estariam tramando prender o atual presidente, Luiz González Macchi, assim que ele desembarcasse no país, de volta da Conferência Ibero-Americana realizada em Cuba.
Depoimentos - A CPI vai ouvir esta segunda-feira, na Superintendência da Polícia Federal, oito pessoas. Sete delas (Eliseu Pires, Dejair Correa, Geraldo Cabral, Edson dos Santos, Renato Antelo de Medeiros, Ledir Malinosk e Marco Antônio Soncine) vao falar sobre as denúncias de ligaçao com o narcotráfico feitas contra a deputada estadual Núbia Cozzolino (PTB).
"Dependendo do que conseguirmos nessas oitivas, decidiremos se é o caso de convocar Núbia", afirmou a deputada Laura Carneiro (PFL-RJ), sub-relatora da CPI. No caso da convocaçao da deputada estadual, o depoimento será prestado em Brasília.
A oitava pessoa a ser ouvida pela CPI é Cláudio de Sá Neves, o Claudio Carioca, que está preso na Polinter, e que seria um dos gerentes de Beira-Mar e elo de ligaçao com a quadrilha do deputado cassado Hildebrando Paschoal, no Acre. Carioca faria também a ligaçao com o esquema do Espírito Santo. Investigaçoes feitas pela Procuradoria-Geral da República no estado mostram que o traficante capixaba José Sanches de Olliveira Júnior, o Juninho, trabalhava com Carioca em uma loja de automóveis no Rio.
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