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Peritos do INSS suspendem paralisação no atendimento
Gabriela Gasparin
Especial para o Diário
19/09/2006 | 22:46
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Os médicos peritos do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) suspederam terça-feira a greve iniciada na sexta-feira passada. Se contados os dois dias de paralisação que antecederam a greve, a manifestação da categoria por segurança no trabalho teve duração de uma semana. O atendimento aos segurados deve voltar a sua normalidade nesta quarta-feira.

A decisão foi tomada por 65% dos médicos depois uma votação eletrônica realizada com a classe. Outro fator que finalizou o movimento foi a pauta ajustada entre o vice-presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social), Luiz Carlos Argolo, e o presidente do INSS, Valdir Simão, em reunião terça-feira.

No encontro ficou acordado que o envio da carta com o resultado dos exames seja entregue antecipadamente aos segurados. A nova data para o prazo de entrega é 29 de setembro – antes, o prazo dado pelo INSS era 16 de outubro.

Além disso, foi acertado que o instituto fará um estudo sobre as atuais condições de trabalho e segurança da perícia médica no país. Na sexta-feria o resultado deve ser entregue à ANMP.

De acordo com o delegado da associação em São Bernardo e Diadema, Nelson Roitberg, ambas as unidades haviam votado pela paralisação da greve. “Estávamos preocupados com o atendimento aos segurados”, informou.

Segundo Roitberg, uma reunião realizada segunda-feira em São Paulo estabeleceu que as unidades da região enviem um documento, até o dia 22, com as necessidades de segurança de cada unidade. “Essas avaliações serão examinadas. Muitas medidas de segurança solicitadas exigem a liberação de verbas que provavelmente só serão aprovadas para o ano que vem”, explicou.

Reivindicações – No último dia de greve as agências de Santo André, Mauá e Diadema continuaram não oferecendo o serviço à população. Nas outras unidades da região as perícias foram realizadas normalmente.

Em São Paulo, assim como segunda-feira, das 20 agências que oferecem perícia médica aos segurados, cinco atenderam normalmente e 15 parcialmente.

A categoria exige melhores condições de trabalho pois, segundo os médicos, eles são constantemente agredidos por segurados descontentes com os resultados dos exames.

Uma das exigências solicitadas pela ANMP para a melhoria da segurança era a colocação de guardas armados nos postos do INSS. Na negociação de terça-feira, porém, a classe abriu mão do pedido.Outra solicitação é o aumento no número de consultórios médicos.

Em todos os dias de greve os trabalhadores cumpriram a determinação da Justiça de que 30% dos médicos peritos fizessem atendimento de casos considerados de urgência – pessoas com mais de 65 anos ou com doenças graves.

INSS – Nesta quarta-feira e nesta quinta-feira os funcionários administrativos do instituto devem fazer uma paralisação nacional. Entre as reivindicações, a categoria luta por um plano de carreira e por redução da jornada de trabalho. (Supervisão de Hugo Cilo)




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