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Médicos peritos do INSS cruzam os braços
Gabriela Gasparin
Especial para o Diário
13/09/2006 | 23:16
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Os médicos peritos do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) paralisaram suas atividades na quarta em todo o país, com a adesão de agências do Grande ABC. A categoria, que pretende seguir parada nesta quinta, reivindica melhorias nas condições de trabalho, com principal foco na questão da segurança.


Segundo o representante da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social em São Bernardo e Diadema, Nelson Roitberg, ambas as unidades interromperam o serviço. “Em São Bernardo a paralisação foi parcial, pois um médico atendeu na parte da manhã”, explicou.


De acordo com diretor do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) no Grande ABC, Aureo Santos, os médicos das unidades de Mauá e Santo André também aderiram ao movimento. As unidades de São Caetano e Ribeirão Pires funcionaram normalmente.


“Nossa principal reivindicação é a segurança no trabalho, pois é comum sofrermos agressões de segurados que não concordam com os resultados dos exames”, informou Roitberg. Além disso, estão inclusas na pauta da categoria questões como a reestruturação da perícia médica da Previdência, deixando-a sob o comando de um médico – atualmente o cargo é de responsabilidade dos servidores administrativos – além de diminuição da jornada de trabalho e o aumento de número de consultórios.


Segundo o sindicato, existem cerca de 1,3 mil consultórios para atender a um volume de 500 mil consultas mensais. Das 16 agências na Grande São Paulo, dez não realizaram perícias médicas na quarta. Já na capital, das 19 unidades, cinco delas não prestaram o serviço.

União – Os funcionários do setor administrativo da Previdência Social programaram uma paralisação de suas atividades para esta quinta, segundo dia da manifestação dos médicos peritos. Segundo Aureo Santos, São Caetano, Santo André e São Bernardo devem aderir à manifestação e Diadema paralisará parcialmente.


Os servidores solicitam ao governo a existência de um plano de carreira e de um piso salarial para os funcionários, além da abertura de novos concursos públicos para contratação de mais trabalhadores. “Fazemos essa reivindicação desde o ano passado e o governo ainda não nos atendeu”, informou a diretora do Sinsprev, Rita de Cássia Assis.


Uma paralisação nacional envolvendo tanto médicos peritos quanto funcionários administrativos está marcada para os próximos dias 20 e 21. “Estamos pressionando o governo a apresentar uma proposta. Há mais de dois anos que lutamos por essas reivindicações e não somos ouvidos”, disse Aureo Santos.

(Supervisionado por Leone Farias)




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