Se a Ásia, e em especial a China, vai seguir com forte demanda por commodities, o Brasil só tem a ganhar, avaliam analistas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália. "Com a perspectiva de alta das commodities, o Brasil, definitivamente, vai continuar sendo um lugar atraente para o investidor", disse Philip Streible, da Lind-Waldock.
Para o diretor Jonathan Barratt, da CBS (Commodity Broking Services), a China deve continuar a crescer ao redor de 12,4% por trimestre, favorecendo bastante o Brasil e Austrália. "Não estou preocupado com a China. Acho que qualquer desaceleração da economia ou inflação serão mantidas sob controle pelo governo chinês", afirmou, por telefone, de Sydney.
O legendário investidor Jim Rogers acha que o mundo deve experimentar oferta mais curta na agricultura daqui para frente, a exemplo do que se viu recentemente na Rússia, onde a produção do trigo foi afetada pela seca no país, e prevê preços mais altos das commodities nos próximos anos.
"Enquanto houver mercado altista para commodities, e ele deve durar muitos anos, o Brasil tende a se sair melhor nisso. E espero que, quando isso acabar, o Brasil consiga se sair bem e não reverta a tendência de crescimento", disse há cerca de um mês o analista.
Bill Gary, presidente da consultoria CIS (Commodity Information Systems), de Oklahoma City, vê cenário promissor para o Brasil, especialmente no que diz respeito às commodities agrícolas como milho e soja, mas aponta para a necessidade de o País aumentar os investimentos no setor sob o risco de não ser capaz de atender a uma maior demanda nos próximos anos.
"Vocês estão muito bem, mas vão precisar ter uma produção maior", observou o profissional.
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