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Brasil e Jamaica em fusão
Sara Saar
Do Diário do Grande ABC
13/10/2010 | 07:40
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Fusão entre as diferentes sonoridades brasileiras e jamaicanas é o que propõe o conjunto Família Gangsters, que fará amanhã a abertura do projeto Tupinikintas, cuja proposta é mostrar sons alternativos de diferentes bandas no Tupinikim Bar & Restaurante, em Santo André, a partir das 21h. Ingressos custam R$ 8.

O power trio paulistano, composto por Pedro Lobo (baixo e vocal), Marcos Mossi (guitarra) e Felipe Gomide (bateria), receberá no show a participação especial do trompetista de São Bernardo Daniel Gralha, que integra o grupo andreense Projeto Nave.

Com cinco anos de estrada, enquanto banda independente, a Família Gangsters passeia pelo dub, ska e reggae jamaicanos em diálogo com a música regional brasileira, sem abandonar a pegada do rock, com guitarras distorcidas, samplers e efeitos.

Para Pedro Lobo, a fusão dos gêneros é reflexo da diversidade sentida na Capital. "São Paulo é palco de uma mistura enorme de culturas, povos e etnias. Você passa por uma esquina e encontra um bloco de maracatu, anda um pouco e se depara com um clube de jazz, logo à frente vê uma balada com grupo de reggae", exemplifica o vocalista.

No show de amanhã, entram canções autorais dos discos Familiarismo (2007) e Familiarismo ao Vivo (2008), além de composições que devem integrar o segundo álbum de estúdio, ainda sem nome definido, com lançamento previsto para o ano que vem.

Uma característica do grupo é a preocupação em transmitir mensagens positivas e idealistas. "Muitas bandas se limitam a falar do amor, da relação humana. Nós falamos sobre assuntos variados que levam o público a refletir", afirma Lobo. Uma das temáticas abordadas é a relação do concreto com a natureza.

Músicas autorais são maioria no setlist, mas também estão garantidos alguns covers de nomes consagrados das cenas nacional e estrangeira, casos de Vinícius de Moraes, Chico Buarque e Bob Marley.

Durante a participação especial, Gralha seguirá os arranjos da banda parceira. "Há músicas que têm alguns espaços, onde o sopro fica mais solto. Mesmo não estando em primeiro plano, posso tentar algo novo, não previsto em ensaios", afirma o trompetista, que tem fortes influências do punk rock, jazz e MBP.

Inicialmente, o Tupinikintas será mensal - a edição do mês que vem ainda não tem data definida. O projeto, que aposta em banda e convidado diferentes a cada evento, também busca fazer a interação da música com outras linguagens, como pintura de quadros.

Tupinikintas - Família Gangsters convida Daniel Gralha. No Tupinikim Bar & Restaurante - Rua das Monções, 585, Santo André. Tel.: 4436-9231. Amanhã, a partir das 21h. Ingr.: R$ 8.




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