A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Sanguessugas começa uma nova semana de planejamento e organização das investigações sobre as fraudes em emendas parlamentares para a compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento Geral da União.

Os parlamentares vão concluir a análise do extenso depoimento de Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos articuladores do esquema pela empresa Planam, e que cita mais nomes de possíveis envolvidos além dos 57 com investigação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) – que também investiga o caso.

Na semana passada, o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), teve acesso ao depoimento oficial à Justiça e contou 105 parlamentares citados, o que ampliaria o número de investigados. "Pelo depoimento, eu contei 105 parlamentares que receberam algum tipo de benefício ou depósitos ou dinheiro direto em suas contas dentro do esquema de compra superfaturada de ambulâncias da Planam", afirmou o deputado.

A comissão também deve receber as cópias dos inquéritos abertos e que estão em poder da PF (Polícia Federal). São 42 inquéritos que, junto aos 15 já abertos e com cópias na CPMI, totalizam os 57 investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal, isso porque eles possuem foro privilegiado.