Muito antes de J. K. Rowling (de Harry Potter) e Stephenie Meyer (de Crepúsculo), J.R.R. Tolkien (1892-1973) já era considerado o pai da literatura fantástica moderna. Foi o primeiro a criar um mundo fictício complexo para suas histórias.

Até hoje, o trabalho do autor da saga O Senhor dos Anéis influencia diversas gerações de escritores e conquista mais fãs. Assim, o lançamento de Os Filhos de Húrin (WMF Martinsfontes, 338 págs., R$ 69) foi comemorado. A obra, publicada quase quatro décadas após a morte de Tolkien, foi organizada pelo filho Christopher Tolkien, 85 anos, a partir de textos inacabados do pai. O conto aparece brevemente em Silmarillion, também lançado postumamente, em 1977.

O volume não é de fácil leitura para quem não é iniciado no universo tolkieniano. No entanto, possui recursos, como prefácio, introdução, apêndice, lista de personagens e mapa que fornecem informações importantes para o entendimento.

A trama se passa muitíssimo tempo antes de O Senhor dos Anéis. Nada de final feliz. A história é triste mesmo, e a beleza do texto está justamente nisso. Húrin é bravo guerreiro casado com Morwen, pai de Túrin e de um bebê que está prestes a nascer.

Une-se aos elfos para combater o maligno Morgoth, Senhor do Escuro. Durante a batalha, muitos morrem. Húrin vira prisioneiro e enfrenta o vilão, que amaldiçoa sua família.

Ainda criança, Túrin se separa da mãe e é criado num reino élfico distante. Apesar de ter se transformado em excelente guerreiro, não consegue fugir do destino cruel, principalmente quando ele encontra a irmã Niënor, que não conhecia. Nem adianta torcer por uma reviravolta. É tragédia na certa!

É hora do hobbit
O Hobbit é uma das obras mais adoradas pelos fãs de Tolkien. Publicada em 1937, conta a saga de Bilbo Bolseiro, hobbit (povo pequenino) que tem a vida virada do avesso quando o mago Gandalf o chama para achar um tesouro roubado. A trama se passa bem antes de O Senhor dos Anéis e vai para a telona, em dois filmes. O primeiro estreia em 2011. Enquanto isso, dá para ler O Hobbit em HQ (WMF Martinsfontes, 138 págs., R$ 69).

Crepúsculo em HQ
Em março, Crepúsculo ganhará nos Estados Unidos uma versão em HQ, a Twilight: The Graphic Novel, Vol. 1, sem previsão de lançamento no Brasil. Com tiragem inicial de 350 mil cópias, a adaptação será feita pelo coreano Young Kim, com a supervisão da escritora Stephenie Meyer. Ela já anunciou que a saga, que atualmente tem quatro livros, deve ter continuidade. Por aqui, Eclipse, terceiro filme da série, estreia dia 30 de junho.

Azul é para pesadelos
Stacey é a protagonista de Azul é para Pesadelos (de Laurie Faria Stolarz, Bonoboteen, 288 págs., R$ 35). Cheia de problemas, a garota tem dificuldade em se adaptar ao colégio interno e apaixona-se pelo namorado da amiga. Para piorar, tem pesadelos que viram realidade. Agora, não pode mais ignorá-los, pois um assassino ameaça a amiga. Será que achará o criminoso antes de ocorrer o pior?

Carta ao Rei
Carta ao Rei (de Tonke Dragt, WMF Martinsfontes, 464 págs., R$ 59) foi lançado em 1962 na Holanda e ainda conquista fãs pelo mundo. Já vendeu mais de 1 milhão de exemplares. Recém-lançado no Brasil, conta as aventuras do jovem Tiuri, na Idade Média. Antes de se tornar cavaleiro, ele tem de enfrentar muitos desafios para levar misteriosa carta ao rei. Em 2008 virou filme que ainda não chegou aqui.

Amoreco
Chega a hora em que não tem jeito: o coração começa a bater mais forte por alguém. Se você está nessa, vai se identificar com Amoreco (de Edson Grabriel Garcia, Cortez, 72 págs., R$ 19,50). O livro traz sete contos sobre as alegrias e tristezas do primeiro amor.