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Presidentes de câmaras divergem sobre voto
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
24/04/2009 | 07:36
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Claudinei Plaza/DGABC


Os presidentes dos legislativos do Grande ABC dividem opiniões sobre a possibilidade de votação dos comandantes das Casas durante a apreciação de projetos considerados normais.

Dos quatro vereadores que chefiam os trabalhos parlamentares na região consultados pela reportagem, dois (de Santo André e Ribeirão Pires) defendem a contabilização do votos - justamente os dois que se manifestam nas proposituras durante as sessões - e dois (de Diadema e São Caetano) aceitam naturalmente as condições diferenciadas que exercem.

A polêmica do direito ao voto do líder da Câmara foi levantada anteontem pelo presidente do Legislativo de São Bernardo, Otávio Manente (PPS). Descontente com as limitações do cargo, o popular-socialista estuda alterar o regimento interno para que seja validada sua opinião nas matérias.

Entretanto, se colocada em prática na cidade, a medida interfere diretamente na composição da Casa, já que os blocos de oposição e situação do governo Luiz Marinho (PT) possuem 10 adesões cada. No caso do governista Otávio Manente votar normalmente - o que só ocorre quando há empate -, as matérias do Executivo seriam aprovadas com facilidade.

O presidente da Câmara de São Caetano, Gersio Sartori (PTB), observa que não se sente prejudicado em não participar das votações. "Porque devemos confiar nos nossos pares", avalia o petebista, que opina quando o placar está empatado e quando a peça altera a LOM (Lei Orgânica do Município).

O chefe do Legislativo de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), ressalta que o fato de haver impedimento de expor seu parecer não interfere em sua atividade parlamentar. "Cada Casa tem suas regras, mas tenho meu espaço normal, exerço meu mandato integralmente, vou à tribuna, faço meus discursos. Não deixo de ser vereador por não votar."

A favor - Já o comandante da Câmara de Santo André, Sargento Juliano (PMDB), frisa que "é mais democrática" a incorporação do voto do presidente. "Há projetos do presidente que são votados. Como é que fica? O próprio presidente não vota no projeto dele? Todos os 21 vereadores têm de votar. Se não tivermos o direito fica mais complicado", afirma o peemedebista, o qual participa de quase todas as apreciações de matérias.

Opinião semelhante é expressada pelo líder do Legislativo de Ribeirão Pires, Edson Savietto, o Banha (PDT), que emite voto normalmente. "É importante participar das votações. Somos representantes da população e temos de representar nosso eleitorado diante das propostas." (Colaborou Matheus Adami)




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