Israel admitiu neste sábado um cessar-fogo no conflito libanês, desde que o Hezbollah se retire para o norte do rio Litani e entregue seu arsenal de foguetes, deixando o sul do Líbano sob o controle do Exército libanês. A informação é do ministro israelense da Justiça, Haim Ramon.
"Com estas condições reunidas, Israel estará pronto para um acordo de cessar-fogo", afirmou o ministro, durante entrevista à TV israelense.
A declaração foi em resposta ao pedido efetuado neste sábado pelo primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora. O premiê solicitou um "cessar-fogo imediato e global no Líbano sob a égide da ONU" e acusou Israel "de infligir uma punição coletiva" a seu país. A informação foi transmitida durante uma mensagem na TV libanesa.
Siniora denunciou "o imoral castigo coletivo" aplicado por Israel no Líbano, após quatro dias de bombardeios aéreos, terrestres e marítimo e opinou que Israel é responsável pela catástrofe humanitária e econômica que o Líbano sofre no momento.
"O que está ocorrendo é muito mais que um pseudo problema de uma troca de prisioneiros", disse o premiê, referindo-se a eventuais negociações entre Israel e o Hezbollah xiita, que seqüestrou dois soldados israelenses na quarta-feira para trocá-los por presos libaneses e árabes em Israel.
"O governo (libanês) já disse claramente que não foi informado e que não aprovou a operação de captura" dos dois soldados israelenses, destacou Siniora, complementando que Israel não tem o direito de destruir o Líbano.
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