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Incubadora vai ganhar novo edifício
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
23/02/2009 | 07:18
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Celso Luiz/DGABC


Depois de dois anos de negociações com a prefeitura o IESBeC (Incubadora de Empresas de São Bernardo do Campo), que no fim do ano completa 10 anos, vai mudar de lugar. A decisão já foi tomada, mas ainda depende da autorização final da Prefeitura de São Bernardo. "Vamos tentar aprovar um imóvel melhor localizado, na beira da Rodovia Anchieta. Em duas semanas entrego o projeto que inclui as reivindicações dos incubados", conta Roberto Bortoni, gerente da IESBeC.

O foco no apoio a empresas de tecnologia parece um sonho distante quando se verifica as condições das atuais instalações da incubadora, em um galpão na Rua Monteiro Lobato, no Jardim Silvina. O teto de alguns dos estandes, feito de lona, está rasgado e com goteiras.

A decisão de procurar outro imóvel estava sendo discutida há dois anos. Segundo Bortoni, com a mudança haverá uma ampliação de 70 empresas - 45 internas e 25 externas. Hoje a capacidade é para 30.

Se o projeto for aprovado sem ressalvas, o que inclui pelo menos R$ 100 mil para adequar o novo prédio com as divisões dos estandes, Bortoni estima que entre três e seis meses eles poderão se mudar. "Temos o objetivo de transformar a incubadora no primeiro parque tecnológico do Grande ABC".

Crise - Enquanto os problemas de estrutura da incubadora de São Bernardo esperam soluções, as outras entidades formadas com o mesmo propósito na região seguem de vento em popa.

Em um período de crise financeira internacional, as incubadoras da região têm proporcionado às empresas internas e externas um apoio extra. No caso da IESBeC, é reforçada a ideia de substituição de importações, que, segundo Bortoni, já vem desde 2005. "Nacionalizar itens importados é uma saída às pequenas que estão sem mercado", diz.

Essa ideia já vem desde 2005. "Nós não só substituímos importações na mesma proporção que geramos exportação desde então. Só no ano passado, geramos cinco patentes". Ao todo, foram liberados R$ 657 mil em recursos.

Santo André - Na Innova Incubadora Tecnológica e Educacional de Santo André, que funciona há sete anos, desde o fim do ano passado foi acrescentado no dia-a-dia dos negócios uma consultoria de coaching de vendas (treino de vendas), cujo propósito é mostrar maneiras de diversificar clientes, conta Cássio Morelli, gerente da Innova.

"Além disso, continuamos oferecendo auxílio para a participação em feiras, já que muitos deles não têm condições de pagar. Essa é uma excelente oportunidade de ampliar a rede de contatos". Em 2008, foram empregados nos negócios R$ 700 mil, sendo que R$ 15 mil desses foram destinado ao pagamento de patentes.

Mauá - Na IEBM (Incubadora de Empresas Barão de Mauá), na ativa desde 2001, o pensamento não é diferente. "Nosso temor é em relação ao mercado atual. Isso gera, inclusive, uma redução na apresentação de planos de trabalho", conta Domingos Sávio de Carvalho, gerente da incubadora.

A solução para auxiliar sua incubadas é uma consultoria contábil, que traça possíveis cenários durante o período de turbulência. "Por exemplo, uma empresa que desenvolveu um software pode trabalhar em sinergia com outra da área de vendas. A consultoria ajuda a redirecionar parcerias para que o negócio resista". No ano passado, foram investidos R$ 250 mil com essa meta.




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