O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), protocolou dois projetos na Câmara que vão inchar ainda mais a já carregada folha de pagamento da Prefeitura. As proposituras tratam sobre isonomia salarial aos professores da rede municipal e criação de vagas na Secretaria de Finanças. A previsão do Executivo é de aumento de R$ 24 milhões na despesa com pessoal.

Se o Legislativo aprovar os itens, a relação entre pagamento de servidores e receita corrente líquida voltará a subir. Hoje o governo trabalha com 49,55% da receita destinada aos vencimentos do funcionalismo. Com os textos, esse valor chegará a 50,98%, beirando o limite prudencial estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 51,3%.

Segundo dados fornecidos pelo Executivo, o projeto de isonomia salarial ao professorado resultará em custo imediato de R$ 4,8 milhões para 2011. Essa modificação está entre os itens debatidos entre a Prefeitura e o Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema. A previsão é de ajustar os salários de 980 funcionários.

O texto que cria cargos na Secretaria de Finanças vai acarretar em majoração direta de R$ 208,3 mil na folha de pagamento. A justificativa do Paço é sobre reestruturação administrativa devido à extinção da Secretaria de Administração. Assim que assumiu, Reali criou a Pasta de Gestão de Pessoas e transferiu alguns departamentos para a Secretaria de Finanças. Junto com essa alteração interna, o prefeito instituiu a Central de Atendimento ao Cidadão, cujos cargos seriam preenchidos por funcionários de Finanças.

Durante essa transição, servidores que trabalhariam na nova central pediram demissão. Por conta disso, a Prefeitura optou por readequar o setor. São 14 postos abertos e nove fechados.

O prefeito pediu urgência na votação dos dois itens. Porém, segundo o líder de governo, Orlando Vitoriano (PT), nenhum deles deverá entrar em votação na sessão de amanhã.