O filho do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), o secretário Guto Volpi (DEM), oficializará sua ida para o PV nos próximos dias. O acordo foi acertado verbalmente no início da semana em encontro entre o presidente da sigla no município, José Valentim Seraphim, e o comandante da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer.

Guto era presidente municipal do DEM e sacramentou sua saída ontem à noite. No seu lugar ficou o vereador Jorge Luis de Moraes, o Jorginho da Autoescola (DEM). "Precisamos ver como vai ser. Não estou sabendo de nada", desconversou o parlamentar. O herdeiro de Volpi declarou que sua transição faz parte de reestruturação dos democratas em Ribeirão Pires. "Nada mudará, o Jorge continuará sendo do grupo governista. Estará conosco", ressaltou.

O secretário afirmou que seu ingresso no PV é para fortalecer o diretório na cidade. "Pretendo reforçar as trincheiras do partido. Vou para trabalhar na militância", considerou. O primeiro passo já foi dado. Clóvis deixa a primeira vice-presidência da legenda para que Guto assuma seu lugar. "Ele vai fazer parte da diretoria. O prefeito fez isso para dar espaço ao filho dentro do PV. O Guto vem para somar", explicou Seraphim.

O trabalho na vice-presidência não deve sofrer grandes mudanças. A maior expectativa é como será a relação com o segundo vice-presidente do PV na cidade e presidente da Câmara, Gerson Constantino. "Tenho bom contato com ele. Acho que vai ser fácil, pois ele é como o pai, uma pessoa atirada. Acredito que ele tem tudo para fortalecer os quadros", analisou.

O secretário acredita que a legenda precisa se fortalecer ainda mais e citou como exemplo as saídas dos vereadores Saulo Benevides (PV) - que estuda ir para o PSC - e Koiti Takaki (PV) - dividido entre PHS e PSD. A debandada, que diminuiria de três para um vereador a bancada verde no Legisltivo, está prevista para setembro. "Vou buscar meu espaço dentro do partido", apontou.

Para Constantino a melhor maneira de Guto colaborar com a sigla é se lançar ao pleito. "Se for para completar a lacuna deixada pelo Saulo e Koiti ele teria que sair candidato. Gostaria muito que ele saísse."

O nome de Guto sempre esteve ligado a uma possível candidatura em 2012. Após anunciar sua ida para a sigla, os boatos ganharam força. "Não vou sair candidato. Estou entrando com a ideia de fortalecer a legenda", rechaçou. A lei é o principal empecilho na possível conjectura. De acordo com a legislação eleitoral, o secretário só poderia concorrer se o seu pai renunciasse ao cargo de chefe do Executivo até seis meses antes das eleições, ou seja, em abril do ano que vem.