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'Nova economia' quer influenciar bolsas européias
Do Diário do Grande ABC
02/02/2000 | 15:12
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Os valores da ``nova economia', isto é, setores como telecomunicaçoes, Internet e meios de comunicaçao, preparam-se para fazer aumentar, este ano, sua influência no comportamento das Bolsas européias.

As numerosas introduçoes de novas empresas em Bolsa vêm atraindo os investidores para esses setores especialmente dinâmicos.

Esses papéis tiveram excelentes resultados ano passado, embora tenham representado apenas 25% da capitalizaçao nas Bolsas européias contra cerca de 45 % nos Estados Unidos onde esta ``nova economia' registrou um progresso evidente.

O termo designa uma situaçao de forte crescimento econômico, nao acompanhado de inflaçao, graças aos avanços da produtividade obtida através das tecnologias de informaçao.

A ``nova economia' bate atualmente como o coraçao da impressionante e saudável economia norte-americana.

Na Bolsa de Londres, as açoes das empresas de alta tecnologia pesam 25 % no índice Footsie 100 (com 15% relacionadas às telecomunicaçoes e apenas 5% ligadas à área tecnológica pura). Em Paris, pesam cerca de 26 % do índice CAC 40 e em Frankfurt já chegam a 42 %.

Os valores exclusivos da Internet na Europa representam menos de 1% da capitalizaçao em Bolsa contra 5 % nos Estados Unidos, destaca Hubert de Marliave, analista da BNP-Paribas.

Segundo os economistas, agora é a vez de a penetraçao da Internet acelerar-se na Europa. O último relatório mensal da financeira norte-americana Merrill Lynch destaca que 58 % de gerentes europeus dao preferência a valores em crescimento liderados pelo setor tecnológico, seguidos pelos de telecomunicaçoes e meios de comunicaçao.

``Na Europa, os grandes índices da Bolsa começam a ir à caça dos valores high-tech', estima Jean-Luc Allain, responsável pela administraçao do setor acionário do Bacot Allain Gestion.

``As Bolsas da Europa deverao incluir ainda este ano a T Online (filial Internet de Deutsche Telekom) em Frankfurt e a LibertySurf, filial Internet do grupo Arnault e do britânico Kingfisher, em Paris'.

``Estas empresas -acrescenta- têm grande necessidade de financiamento e os investidores estao dispostos a proporcioná-lo'.

Na Itália, a Telecom Itália prevê fazer entrar sua divisao Internet Tin.it enquanto as operadoras telefônicas Albacom, Wind e e.Biscom também se preparam.

Na Bélgica, a privatizaçao da Belgacom, operadora telefônica histórica, está prevista para este ano. Em Estocolmo, dezenas de empresas high-tech preparam-se para a cotaçao em Bolsa agora em 2000.

Em toda a Europa, numerosas empresas de pequeno ou médio portes batem às portas dos novos mercados criados nos últimos anos para receber os valores em crescimento.




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