A única sobrevivente do envenenamento que matou três membros de uma família em Campinas, no interior de São Paulo, gravou um vídeo antes de fugir de casa. Na fita, ela afirma que não teria coragem de envenenar ninguém e que fugiu porque não estava conseguindo provar que não é culpada pela morte dos parentes.

A adolescente M.M.C, 15 anos, desapareceu na tarde de segunda-feira. Ela foi vista pela última vez durante o velório da avó paterna, que morreu de ataque cardíaco.

A jovem é uma das suspeitas pelo crime, assim como seu pai, o médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, 46 anos. Ele morreu envenenado por arsênico, assim como sua mulher, Thelma Carvalho Migueis, 43 anos, e sua filha Laila Migueis Carvalho, 17.

M.M.C. fugiu com uma mochila de roupas. Na terça-feira, um laudo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) revelou que ainda há resquícios de arsênico no organismo da garota. Se a jovem não receber tratamento, ela pode sofrer atrofia dos braços e pernas.

Adiamento – O depoimento do tio da adolescente que estava marcado para esta quarta-feira foi adiado. A garota teria passado três dias na casa do parente, no Rio de Janeiro, quando fugiu da casa dos pais, em outubro do ano passado.

O tio não compareceu à delegacia porque não teria sido intimado. Ele é irmão do pai da adolescente.