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Nasa lançará novo satélite de controle dos mares
Do Diário do Grande ABC
16/05/2000 | 11:34
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Antes do fim do ano, o centro francês de estudos espaciais (CNES) e a Nasa americana devem colocar em órbita o satélite Jason, primeiro elemento de uma rede de controle dos mares do globo que poderá revolucionar as previsoes climáticas.

De seu ponto de vista único, a 1.300 km de altitude, Jason 1 vai garantir a substituiçao de seu precursor franco-americano Topex/Poseidon para registrar as variaçoes da altura do mar com uma precisao da ordem de 3 cm. Uma informaçao essencial para os meteorologistas dos mares.

``Medir a deformaçao da superfície da água nos permite seguir os movimentos das correntes marítimas e das marés', explica Yves Ménard, do CNES em Toulouse (sudoeste). ``É um elemento essencial para melhor apreender as mudanças climáticas induzidas pelas variaçoes das correntes marítimas', prossegue.

Acima de nossas cabeças desde 1992, Topex/Poseidon provou ao longo do inverno 1997-98 a importância de um tal posto de observaçao espacial seguindo no Pacífico, com uma precisao inédita, as cóleras de El Niño.

Dotado de instrumentos comparáveis, Jason 1 continuará este trabalho de guia dos mares a partir do fim de 2000, e por um período de três a cinco anos. Bem mais leve, este primeiro representante da nova geraçao dos ``argonautas espaciais' poderá igualmente medir a altura das ondas que agitam os mares e a velocidade dos ventos que as impulsionam.

Graças a este controle, os oceanógrafos esperam descobrir os mistérios da máquina que anima os mares do globo. ``O objetivo consiste em descrever o oceano em tempo real e em três dimensoes', indica Yves Ménard. ``Estas informaçoes vao alimentar modelos matemáticos capazes de melhor prever as mudanças climáticas', afirma.

Por preencherem 70% da superfície, os oceanos de nosso planeta desempenham com efeito um papel primordial em seu equilíbrio climático.

Este esforço científico do Jason sem precedente deve revolucionar a meteorologia dos oceanos. ``Previsoes climáticas de três ou seis meses vao permitir melhor antecipar as demandas de energia, planejar a produçao agrícola ou prevenir certas catástrofes naturais', assegura Jean-Claude André, outro especialista. ``O impacto econômico será considerável'.




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