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‘Não há provas do Fundo de Reserva’
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
06/12/2007 | 08:44
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O promotor Roberto Wider Filho, que investiga supostas irregularidades em licitações de mais de 100 obras realizadas pela Prefeitura de São Caetano, afirmou ontem que, depois de analisar todos os processos, “há um número enorme de fraudes, mas ainda não há provas do Fundo de Reserva”.

O promotor reconhece que ainda faltam elementos. “Precisamos de provas para sabermos da real existência do Fundo de Reserva”, diz.

Wider Filho fez a análise depois da conclusão do quarto depoimento do empresário Antônio José Cressoni, que denunciou – no dia 4 de agosto – a existência do suposto esquema, onde as empreiteiras eram obrigadas a devolver até 25% do valor pago pela obra.

DEPOIMENTO

Das 148 licitações abertas entre 1997 e 2004, (período das gestões do ex-prefeito Luiz Tortorello), as empresas de Cressoni venceram 104 concorrências. “O empresário alega ter recebido por dez obras que não chegou a realizar. Ele está confessando um crime, mas está colaborando”, explica o promotor. “A verdade está sendo dita”, afirma o empresário.

Agora, o promotor ouvirá os empresários que venceram as outras licitações. Ele também aguarda o resultado de laudos de grafotécnicos, para comparar as assinaturas que constam nos contratos, e espera as informações da quebra de sigilo bancário dos envolvidos no suposto esquema de fraudes. “Estamos na metade da investigação”, mensura.

Depois de concluído o inquérito, as posteriores averiguações serão divididas para três órgãos: Vara Criminal (que analisará os envolvidos sem foro privilegiado); Promotoria de Cidadania (para apurar improbidade administrativa); e Procuradoria Geral do Ministério Público do Estado, que avalia crimes de prefeitos.



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