O retrospecto positivo de atendimento do governo federal às demandas do Grande ABC e o lançamento do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pelo Planalto, no início do ano que vem, animam o Consórcio Intermunicipal para que as recentes propostas entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sejam viabilizadas.

As 11 solicitações de intervenção da União para impulsionar o desenvolvimento da região (veja arte acima) chegaram às mãos do chefe da Nação na terça-feira, quando esteve em São Bernardo para lançar a pedra fundamental do novo campus da UFABC e se reunir com os sete prefeitos locais.

Na oportunidade, Lula ressaltou que, mesmo com a crise econômica internacional, o Brasil possui recursos para serem utilizados por Estados e municípios. "É só apresentar um bom projeto que liberamos a verba", discorreu.

Na esteira da declaração de Lula, o diretor executivo do Consórcio, Fausto Cestari Filho, observou que a responsabilidade, agora, são dos prefeitos da região, que terão de detalhar as intenções, indicar terrenos, dentre outras atribuições. "A concretização das propostas depende em boa parte da gente. Porque dinheiro tem."

O dirigente ressaltou que na administração de Lula no Planalto o Grande ABC obteve "liberdade de direcionamento" das questões que assolam as sete cidades. "Em governos anteriores não tínhamos essa entrada."

Para Cestari Filho, o balanço dos últimos seis anos na atenção do governo federal com a região é "positivo". Em 2003, quando Lula assumiu seu primeiro mandato na Presidência, foi apresentada agenda pioneira de demandas locais. Das oito propostas listadas, cinco foram totalmente atendidas, duas parcialmente e apenas uma não teve avanço.

Essa pendência, referente à Segurança Pública, retornou à pauta atual de reivindicações do Consórcio. "Queremos participação da União para estruturarmos um setor de segurança regional, com tecnologia e inteligência", frisou o diretor executivo.