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Souza Cruz já patrocinou entidades contrárias à lei antifumo
07/04/2009 | 08:24
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Entidades dos setores de bares, restaurantes e hotéis que ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa nas audiências públicas que discutiram o projeto de lei do governador José Serra (PSDB) que bane o cigarro de ambientes fechados, públicos ou privados, receberam patrocínio e doações da indústria do tabaco em 2006 e 2007. Fazer lobby não é crime no País, mas as associações negam ter feito a defesa dos interesses das fabricantes.

O IPM (Instituto Percival Maricato) de Educação recebeu R$ 18 mil de verba de patrocínio da Souza Cruz para realizar cursos de aperfeiçoamento para proprietários e profissionais de bares. Maricato é também diretor adjunto jurídico da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), em cujo site a Souza Cruz aparece como parceira. A Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo) recebeu doação para a "manutenção de suas atividades" há dois anos. A Abresi é presidida por Nelson de Abreu. Procurada pela reportagem, a Souza Cruz não respondeu.

Para a ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), que apoia o projeto, as doações tiram a isenção das entidades. Tanto Maricato quanto Abreu negam que estejam fazendo lobby a favor do fumo patrocinados pela indústria do tabaco. "Não defendo o cigarro. Defendo a liberdade de quem quer fumar", diz Maricato. Para ele, a verba de R$ 18 mil que recebeu da Souza Cruz é "insignificante". "Temia que isso fosse acontecer (a acusação de lobby). São argumentos de quem quer desqualificar o adversário", afirmou. O projeto pode ser votado hoje à tarde, caso não ocorram contratempos.




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