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Ranger desperta reações
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
05/08/2009 | 07:00
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Dirigir a nova Ford Ranger provoca um misto de sentimentos. A direção até que é gostosa no modelo 2010 - embora deixe a sensação de falta de potência no motor a gasolina de 2,3 litros. Mas, por mais que engenheiros e designers se esforcem, fica difícil fazer mudanças substanciais num carro que já está no mercado há 15 anos. Assim, a picape média da Ford não convence, pelo menos para quem busca reais inovações.

Foi a suspensão da picape que mostrou o melhor serviço num trajeto bem traçado pela Ford para apresentar à mídia nacional a nova Ranger. Neste segundo contato com o modelo 2010, nosso teste se concentrou na versão a gasolina, já que havíamos andado na com o motor diesel.

Intercalando pisos irregulares de terra com asfaltos bons e deteriorados, o utilitário superou os obstáculos que encontrou por fazendas e rodovias entre Campinas e Itu, no interior de São Paulo.

Internamente, a picape é a velha conhecida. O banho de estética no painel, assentos e acabamentos de portas não deixam de remeter ao antigo modelo. Por fora, a Ranger dá a impressão de maior robustez por causa das alterações no capô, que ficou mais alto e imponente. Grade e faróis dianteiros foram redesenhados para deixar a picape com a feição de produtos mais atualizados da marca, como o Edge.

A estratégia do marketing da montadora ficou bem clara. Sem um motor flex, a opção foi oferecer maior número de itens de conforto com preço, segundo a Ford, mais competitivo que a concorrência. Entram nesta lista de conteúdo vidros elétricos com sistema antiesmagamento, interior na cor negra e painel de instrumentos com novos grafismos. Além disso, foi incorporado computador de bordo, que traz informações como altitude, autonomia, velocidade e consumo médio, além da tensão da bateria - para usuários que sobrecarregam picapes com equipamentos, como som pesado.

Tanto a diesel quanto a gasolina, a Ranger não muda motores. A versão a óleo vem com motor 3.0 16 V e sistema turbodiesel, que chega a produzir 163 cavalos e torque de 21,7 mkgf. Com gasolina, o motor 2.3, também de 16 válvulas, tem potência de 150 cavalos, com torque de 21,7 mkgf. Para a Ford, as duas motorizações apresentam equilíbrio entre performance e economia.

A Ford cabine dupla 4x4 diesel acelera de 0 a 100 km/h em 12,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 170 km/h. Segundo a montadora, o consumo médio entre cidade e estrada é de 11 km/l. Com gasolina, a cabine dupla 4x2 faz de 0 a 100 km/h em 13,7 segundos e atinge velocidade máxima de 150 km/h, com consumo médio de 10,6 km/l.

O preço da nova Ranger varia conforme as versões de motor e tração, cabines simples e dupla. Vai de R$ 45,9 mil a R$ 96,3 mil. A estratégia da montadora visa manter sua fatia de 15% do mercado das picapes médias por mais dois anos, quando deverá apresentar uma picape totalmente renovada. Até lá, a Ranger deverá enfrentar a concorrência da nova picape média da Volkswagen, que promete barulho.




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