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Vítimas queimadas em ônibus vão à Justiça pedir tratamento
06/12/2005 | 23:39
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As famílias das vítimas do ataque ao ônibus da linha 350 (Passeio-Irajá) pretendem acionar judicialmente o governo do Rio na para custear o tratamento. Pobres e de bairros distantes, eles estão enfrentando dificuldades para comprar remédios e se deslocar até os hospitais. No ataque ocorrido dia 29, cinco pessoas morreram queimadas e 14 ficaram feridas, sendo que sete continuam internadas.

"Gasto oito passagens de ônibus por dia para ver minha filha no Hospital do Andaraí. Não estou dando conta", disse José Messias de Freitas Euzébio, motorista particular. A filha dele, Viviane de Souza Euzébio, 21 anos, está com 40% do corpo queimado e seu estado é grave. Ele e a mulher, que moram em Irajá, bairro da zona Norte, têm ido diariamente ver Viviane. "Ela sente muita dor."

O motorista está tentando entrar em contato com os parentes de todas vítimas, para mover uma ação coletiva. "Nós precisamos nos unir, porque assim teremos mais força", acredita Euzébio.

O inspetor de polícia Antônio Corcini de Jesus, 49, pai de Dominique Carvalho de Jesus, 20, que teve os dois pés atingidos pelo fogo, também pretende pedir indenização. A moça e o namorado, Higor Pereira dos Santos, 20, que feriu os braços e a orelha, têm gasto muito com remédios.

Suspeito de envolvimento no ataque ao ônibus, o acusado de tráfico Gabriel Amaral Tavora, o Gabrielzinho, que pedira ajuda à Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio) e prometeu se entregar na segunda-feira até a tarde de terça-feira não havia se apresentado.

O pai dele, que intermediou o contato com o presidente da comissão, o deputado Geraldo Moreira (PSB), teme que Tavora tenha desistido de se render e se refugiado em algum morro.

Tavora mora na Vila Cruzeiro, favela da zona Norte do Rio, mas não é visto desde segunda. O pai o procurou no morro, mas não conseguiu pistas. "Pela dimensão que esse crime teve, o rapaz deve estar com medo tanto de ser morto pelos bandidos quanto pela polícia", disse o deputado, que continua mantendo contato com o pai de Tavora.




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