O líder religioso teme que o governo iraquiano, sob pressão americana, adie a data das eleições com o pretexto de que a situação de anarquia que o país vive tornaria os resultados ilegítimos.
Sistani também se preocupa com o fato de que o processo democrático nesse país esteja ficando sob o controle dos maiores partidos políticos, integrados por exilados que cooperaram com as autoridades da ocupação americanas.
Ele teme que uma lista de candidatos de "consenso" desses partidos limite artificialmente o poder dos xiitas, que segundo ele representam mais de 55% da população.
O líder religioso espera que a eleição aconteça em janeiro, como está previsto, mas está pronto para retirar seu apoio à votação se a sua preocupação sobre a representação xiita não for levada em consideração.
"Se perceber que o processo está levando a eleições injustas e não livres, Sistani não tomará parte no mesmo. Ele declarará as eleições ilegítimas", disse um de seus assessores.
Segundo a mesma fonte, o religioso entrou em contato com Lakhdar Brahimi, enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) ao Iraque, pedindo que ele volte ao país para discutir as regras da eleição.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.