Os vereadores Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi, e Wagner Feitoza, o Vaguinho, ambos do PSB de Diadema, garantiram junto ao conselho político formado no partido que não entrarão nas prévias socialistas abertas pelo presidente da sigla, o secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson.

Com a saída dos parlamentares, a disputa pela indicação do diretório fica polarizada entre Adelson e Gilson Menezes (PSB), atual detentor da vaga. A executiva municipal deve reunir, ainda nesta semana, integrantes da legenda para conduzir as prévias socialistas, já que Adelson tem pressa para encerrar a seleção interna para convencer a cúpula do PT a escolhê-lo.

O cenário do PSB é favorável a Adelson. O secretário está em seu quinto mandato consecutivo à frente do partido, enquanto Gilson sofre resistência da militância. Embora Gilson tenha feito seu segundo mandato como prefeito pelo PSB, a excursão por outras siglas - como PCdoB e PSC - é vista com relutância pelos filiados. Por conta disso, o atual vice-prefeito tem intensificado o diálogo.

Apesar de não ser favorito nas trincheiras do PSB, Gilson ainda tem grande apoio do prefeito Mário Reali (PT) e de toda alta cúpula petista na cidade. Na sexta-feira, Reali reuniu os vereadores petistas para formalizarem coro à manutenção da chapa vencedora em 2008.

RESISTÊNCIA

Célio Boi e Vaguinho mostraram descontentamento com a intenção da direção do PSB de fechar coligação proporcional com o PRB, partido ligado à Igreja Universal. Os republicanos têm planos de investir na eleição do pastor João Gomes, mas precisam de parceria com outra sigla para atingir coeficiente eleitoral.

Para os vereadores socialistas, o acordo prejudicaria os pré-candidatos a vereador. "Temos de pensar em coligação que fortaleça o partido. E, com o PRB, não vejo dessa maneira. Mais atrapalharia do que ajudaria. Não vejo vantagem", comentou Vaguinho. "Precisamos discutir melhor essa situação. Hoje, sou contra a coligação", opinou Célio Boi.