A imagem do mar de águas calmas e mornas, com variações cromáticas, sempre habitou o imaginário dos brasileiros. Destino caro, o Taiti era tão desejado quanto inacessível. Não é mais. A chegada de navios internacionais ao Pacífico, aliada a um esforço das operadoras locais e de companhias aéreas para baratear os custos, já permite cruzeiros por cinco ilhas da Polinésia por cerca de US$ 3 mil. Não dá para dizer que ficou barato viajar para o Taiti, mas certamente já é um destino possível.

Genericamente chamada de Taiti, a Polinésia Francesa reúne 118 ilhas, divididas em cinco arquipélagos. Longe de ser o pedaço mais bonito, o Taiti é a porta de entrada da região. Aeroporto internacional só há na capital, Papeete. De lá, partem vôos locais para as demais ilhas, estas sim, sonhos dos brasileiros.

A chegada a Papeete, após a longa viagem de quase 20 horas, é brindada pela simpatia dos taitianos. Ao som das canções locais, os turistas são recebidos com os famosos colares de flores.

O caminho até o hotel pode decepcionar os turistas ansiosos pelo paraíso tropical. Mas se Papeete não tem as melhores praias do arquipélago, surpreende pela cultura efervescente. Vale reservar um dia para explorar a capital do Taiti. A visita ao Museu Gauguin é imperdível. Nada como conhecer um pouco da história do pintor francês Paul Gauguin (1848-1903) que este ano completa o centenário de sua morte. O Taiti, na verdade, foi um grande marco na vida do artista. Ele foi para lá aos 35 anos. E levou para suas telas as cores vivas daquele paraíso, tanto dos habitantes, quanto das frutas.

Outra boa pedida é partir para um tour pela cidade. Alugar um carro ou uma scooter são algumas das alternativas aos táxis, caríssimos, e ao truck, um pau-de-arara mais arrumadinho. Pelo caminho, o turista pode cruzar com uma típica missa polinésia e encantar-se com a produção das mulheres taitianas para os cultos de domingo: saem vestidas com chapéus, flores e tranças no cabelo.