O segmento dos sedãs pequenos é o que mais cresce no Brasil. Após fechar 2008 com 16,26% das vendas, ficando atrás somente dos veículos de entrada (40,09%), os três-volumes encerraram os primeiros sete meses de 2009 com 19,49%, de acordo com informações da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Diante deste vigor, colocamos frente a frente dois dos principais representantes deste segmento: Fiat Siena, com 58.877 emplacamentos neste ano, e Chevrolet Prisma, com 35.483 unidades.

As versões levadas em conta foram Siena EL, que parte de R$ 29.570, e Prisma Maxx, que custa R$ 28,8 mil.

DESIGN - O primeiro triunfo do Siena sobre o Prisma está no design. O Fiat entrega traços harmoniosos e atuais, apesar de a dianteira trazer conjunto óptico da penúltima geração da família Palio. A linha de cintura elevada e as lanternas traseiras finas, com DNA de Alfa Romeo, dão a impressão de que o Siena está em uma categoria superior.

O Chevrolet está cansado. Envelhecido. A traseira mais alta, por exemplo, parece não falar o mesmo idioma do restante do projeto. Definitivamente, o Prisma não arranca suspiros por onde passa.

ESPAÇO - Quando entramos na questão espaço, as coisas começam a se equilibrar. Chevrolet e Fiat têm medidas parecidas, com ligeira vantagem para o Prisma, que oferece maior comodidade aos passageiros do banco traseiro. São 4 cm a mais de altura e mais 7 cm de distância entre os eixos.

O Siena, no entanto, leva vantagem no porta-malas - fator que pode determinar a compra deste ou daquele modelo. Enquanto o Prisma tem 439 litros de capacidade, o Siena carrega 61 litros a mais.

EQUIPAMENTOS - Quando colocamos lado a lado as listas de equipamentos de série, os dois modelos voltam a se equiparar. Tanto Siena quanto Prisma saem de fábrica com um único item digno de ser lembrado: direção hidráulica. Os demais são simples e pouco influentes - para-choque na cor do veículo, rodas de aço, retrovisores externos com controle manual interno... O Siena, porém, traz computador de bordo a mais.

Porém, a verdadeira vantagem do Fiat está no leque de opcionais. Enquanto o Prisma oferece somente ar-condicionado, travas e vidros elétricos, o Siena pode ganhar CD player com MP3, rodas de liga leve de 15 polegadas, air bag duplo, freios com ABS e sensor de estacionamento.

Tudo isso, entretanto, tem um preço. Para deixar o Siena completinho, é necessário desembolsar mais R$ 8.415, elevando o preço do veículo para R$ 37.985.

O Prisma, por sua vez, sai por R$ 33.334.

RODANDO - O Prisma demonstra suas qualidades sob o capô, com o motor VHCE. Mais potente, com torque similar e com 139 quilos a menos, o Chevrolet entrega melhor agilidade no perímetro urbano. Na estrada, com porta-malas vazio, o sedã compacto também agrada.

A suspensão mais rígida não incomoda. A transmissão tem engates curtos e precisos. A embreagem é leve e bastante confortável.

O Siena prima pelo conforto. O motor demora para desenvolver altas velocidades e as retomadas são morosas. O peso - 1.060 quilos - impede que o Fiat seja mais esperto nas ruas e rodovias.

A suspensão, ao contrário do rival, privilegia o conforto. O câmbio tem engates adequados, mas ligeiramente longos em relação ao do rival.