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Chávez ordena prisão de grevistas na Venezuela
Do Diário OnLine
Com AFP
22/12/2002 | 19:08
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Após 21 dias de greve geral na Venezuela, o presidente Hugo Chávez decidiu assumir definitivamente a luta contra os grevistas e oposicionistas de seu governo. Desde sábado, Chávez comanda pessoalmente as operações para retomar os navios petroleiros da estatal Petróleo de Venezuela (PDVSA), no Lago Maracaibo. Neste domingo, ele decretou prisão para aqueles que 'sabotarem' a atividade petroleira ou outro setor afetado pelas paralisações.

Chávez foi no sábado ao navio Pilín León, "tomado por fuzileiros leais à Nação de uma tripulação oposta aos interesses da pátria", segundo um comunicado do governo. O barco estava "seqüestrado há vários dias na boca do Lago de Maracaibo", a 500 quilômetros a Oeste da capital. O documento do governo afirma que a retomada do Pilín León "foi uma vitória do povo e dos petroleiros venezuelanos, que não aceitaram a chantagem dos que em nome da liberdade, da democracia e da paz sempre semearam a angústia e a tempestade".

Neste domingo, em seu programa semanal de TV, Chávez anunciou a ordem de prisão para seus oposicionistas. "Continuam alguns senhores tentando sabotar. A ordem é que aquele que obstruir as operações será detido imediatamente", disse. "Todo aquele obstruir o retorno à normalidade operacional da PDVSA ou de qualquer outro serviço de alimentação ou público deve ser detido", enfatizou.

"Todos que estiveram nisto (a greve) têm de sair. Ninguém pode dizer que somos arbitrários nas demissões", destacou Chávez em seu pronunciamento semanal na televisão. "Quem deixa o trabalho sem a permissão dos superiores está demitido, além do mais, serão abertas investigações judiciais para determinar responsabilidades e danos ao patrimônio público."

Chávez também se diz "vencedor" nas greves. Mas a oposição vem dizendo justamente o oposto. "Estamos dando passos vitoriosos, avançamos de vitória em vitória, recuperando as instalações da indústria, reparando os danos e retornando à normalidade", declarou.

A greve de 21 dias na Venezuela vem causando escassez de combustível e provocando a queda da produção de petróleo no país (quinto maior exportador do mundo). Neste domingo, Chávez informou que a Venezuela está começando a despachar "milhões de barris de petróleo" para os mercados internacionais, em especial para os Estados Unidos - que importam 13% da produção venezuelana.




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