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Vaticano nega comunhao aos divorciados
Do Diário do Grande ABC
06/07/2000 | 15:50
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O Vaticano reafirmou nesta quinta-feira com firmeza a posiçao da Igreja em relaçao aos católicos que se tornam a casar, responsáveis por cometer ``pecado grave' e portanto excluídos da comunhao.

Em um documento do conselho pontifício encarregado da interpretaçao das leis da Igreja, divulgado nesta quinta-feira, os conselheiros do Vaticano afirmaram que subsiste ``o escândalo', causado pelos fiéis divorciados que se tornam a casar, ``embora esse comportamento, infelizmente, já nao provoque surpresa'.

``Precisamente é diante da deformaçao das condiçoes quando se torna mais necessária a açao dos Pastores, tao paciente como firme, em custódia da santidade dos sacramentos, em defesa das moralidade crista e para a correta formaçao dos fiéis', sustenta o texto.

Há muitos anos em numerosos países se registra a tendência, entre bispos e sacerdotes, de manifestar uma certa ``compreensao pastoral' para com os divorciados que se tornam a casar, e autorizá-los a comungar, segundo os meios eclesiásticos.

Um só caso de tolerância foi indicado no documento do Vaticano. Concerne aos divorciados que têm filhos do segundo matrimônio e que, por ``razoes sérias, como por exemplo a educaçao dos filhos, nao podem satisfazer a obrigaçao da separaçao'.

Nesses casos, a Igreja exige deles que ``assumam o empenho de viver em perfeita continência, isto é, na abstençao dos atos próprios aos cônjuges', em substância, abstençao de terem relaçoes sexuais.

Esses fiéis, cuja condiçao de divorciados que se voltaram a casar é manifesta, só poderao aceder à comunhao eucarística ``remoto scandalo' (se o fato nao provoca escândalo entre os outros fiéis).

O Vaticano aconselha ``vivamente' os sacerdotes, por razoes de ``prudência pastoral', a evitarem ``ter que chegar a casos de pública negaçao da sagrada comunhao', ao mesmo tempo que pede para negarem a comunhao a ``quem seja publicamente indigno'.

``O fará com extrema caridade, e tratará de explicar no momento oportuno as razoes que o obrigaram a isso. Mas deve fazê-lo também com firmeza, sabedor do valor que semelhantes sinais de fortaleza têm para o bem da Igreja e das almas', frisa o documento.

O Vaticano reafirma ``sua solicitude materna pelos fiéis que se acham nessa situaçao ou em outras análogas, que impedem sua admissao à mesa eucarística'.




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