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Morre líder histórico do Partido Comunista Português
Da AFP
13/06/2005 | 15:46
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O líder histórico do PCP (Partido Comunista Português), Alvaro Cunhal, figura emblemática da resistência ao regime ditatorial salazarista, morreu na madrugada desta segunda-feira, aos 91 anos. O Comitê Central do partido não divulgou a causa da morte.

Membro do PCP desde 1931 e preso em várias ocasiões durante a ditadura, Cunhal, juntamente com vários companheiros, escapou da prisão de Peniche em 1960. No ano seguinte foi designado secretário-geral de seu partido, cargo que ocupou por 31 anos. Em seguida, Cunhal foi para o exílio, voltando ao país cinco dias após a derrubada do regime de Salazar.


Cunhal permaneceu fiel à ideologia marxista leninista mais ortodoxa. Ele havia se afastado da vida política há alguns anos, devido à idade e a seu estado de saúde.

 Autor de várias obras políticas, reconheceu ter escrito quatro obras de ficção sob o pseudônimo de Manuel Tiago, e ser o autor de gravuras e obras plásticas que assinou como Antonio Vale.

"Os trabalhadores, o povo, a democracia e o país perderam um grande lutador, um grande homem de causas e convicções, que lutou durante toda a vida por seus ideais. pelo progresso e desenvolvimento do país", disse o ex-secretário-geral dos comunistas portugueses Carlos Carvalhas.

"Cunhal dedicou toda a vida ao ideal e ao projeto comunista, à causa da classe operária e dos trabalhadores, da solidariedade internacionalista, a um compromisso sem limites com os interesses dos trabalhadores e do povo português", afirma o PCP em seu comunicado.




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