Além disso, o IDC informou que o fornecimento de handhelds para a América Latina cresceu 93% de 1999 para 2000, e que os gastos dos usuários finais com o produto subiram 72% no mesmo período. No ano passado, os usuários da AL gastaram US$ 132 milhões em handhelds, um número, que segundo o instituto, deve saltar para US$ 560 milhões em 2004.
Um outro estudo, realizado pelo instituto de pesquisa norte-americano Dataquest, unidade do Gartner Group, revelou que as entregas de microcomputadores no mundo atingiram 134 milhões de unidades no quarto trimestre de 2000, o que representa uma queda de 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, e de 3,6% quando comparada ao terceiro trimestre de 2000.
Apesar de todo o alvoroço em relação às quedas nas vendas de PCs e o aumento no comércio de portáteis, especialistas garantem que no Brasil a história é um pouco diferente. Ivair Rodrigues, gerente de pesquisas do IDC Brasil, explica que as vendas de PCs tiveram crescimento de 35% no ano passado em relação a 1999, totalizando 3,1 milhões de unidades no país. O mercado de notebooks teve um crescimento de 50%.
Para o diretor de produtos corporativos da Compaq, Lauro Vianna, o que houve no mercado mundial foi uma desaceleração ou desaquecimento das vendas de computadores. “O que acontece em outros países, como nos Estados Unidos, por exemplo, é que o mercado de tecnologia é mais maduro, enquanto no Brasil ainda existe muito espaço. Esta é ainda uma área pouco explorada por aqui”, completa Vianna.
Briga – Com base nos números apresentados pelo IDC e pelo Dataquest, os fabricantes de tecnologia levantaram uma antiga questão: será que os desktops estão perdendo, ou podem vir a perder, espaço para os portáteis? Para Rodigues, a resposta é não. “Esses dois mercados ainda estão muito distantes, e isso se deve ao alto preço praticado pelos fabricantes de portáteis, já os PCs têm um valor competitivo menor do que o de notebooks. Em um futuro distante, quando o valor dos dois equipamentos se equiparar, até poderá acontecer alguma mudança, mas por enquanto isso não é possível”, analisa.
“Atualmente, os consumidores estão em busca de equipamentos que proporcionem informação a qualquer hora e em qualquer lugar. E essa é a proposta dos portáteis. Apesar desse fator, os desktops ainda têm espaço para crescer”, diz Vianna. “Do ponto de vista do percentual de crescimento, com certeza os portáteis superarão os PCs, mas em relação ao volume de vendas, acredito que não”, completa.
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