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Trabalhadores da saúde conquistam vale-refeição
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
27/08/2010 | 07:08
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O Sindsaúde ABC (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde) conquistou ontem acordo com o Sindhosp (representante patronal dos hospitais e clínicas particulares) que determina que os funcionários do setor da região que trabalhem em locais com mais de 100 funcionários recebam vale-refeição de R$ 11. Este foi o melhor acordo do setor no Estado.

De acordo com o presidente do Sindsaúde ABC, Waldir Tadeu David, a medida estava na pauta de discussões há dois anos. "Esse ano foi diferente porque fizemos pesquisa da categoria e o resultado foi que o tíquete refeição era uma das principais reivindicações. No século 21, imagine um trabalhador levar marmita e não ter nem local apropriado para fazer sua refeição. Levamos isso para o patronal e, numa pesquisa que eles mesmos fizeram, constaram que era necessário o tíquete e que seriam os R$ 11", explica.

O acordo deve atingir grande número de trabalhadores e empresas na região, tais como os laboratórios Delboni, Fleury, Tecnolab, Ana Rosa, Lab Hormon e Unimed, entre outros. Naquelas que já concediam o vale o valor de R$ 11 será retroativo a 1º de maio. Além dessa conquista, também foi renovada cláusula que estabelece o abono de sete dias no trabalho para acompanhamento de filho internado.

Outro item de destaque, ainda, foi a renovação do adicional noturno de 40%, superior ao previsto pela CLT. Os trabalhadores tiveram reajuste salarial de 6%. "No entanto, dividimos em duas parcelas: 5,49% a partir de maio e a diferença a partir de primeiro de agosto", diz Tadeu.

O sindicalista afirma ainda que uma comissão foi montada para avaliar as condições de trabalho nos hospitais da região por trabalhadores escolhidos pelos sindicalizados em assembleia.

LICENÇA MATERNIDADE
Além da conquista para a categoria em geral, o sindicato conseguiu ontem estender a licença-maternidade de 120 para 180 dias e a paternidade de cinco para 10 dias no hospital Christovan da Gama. "É o primeiro da região que concede a licença e vamos lutar para ampliar isso", atesta o sindicalista.




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