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Refugiados fogem de Grozny após ataque russo
Do Diário do Grande ABC
26/11/1999 | 15:42
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Um grande número de refugiados aterrorizados fugiu de Grozny, nesta sexta-feira, depois que as forças russas lançaram sua mais violenta ofensiva até o momento contra a capital da Chechênia.

Os refugiados disseram que o disparo de foguetes, que durou toda a noite, ocasionou a morte de muitos civis e incêndios em vários locais da cidade. Entretanto, nao foram divulgadas estimativas oficiais do número de baixas ou dos danos materiais, nem por parte da Chechênia nem por parte da Rússia.

As forças russas também bombardearam a cidade de Urus-Martan durante toda a noite, mantendo uma ofensiva com o objetivo de expulsar os rebeldes e abrir uma rota de acesso a Grozny a partir do sudoeste. Além disso, houve choques entre as tropas russas e militantes chechenos perto de Gekhi, aldeia no subúrbio de Urus-Martan.

A neve e a pouca visibilidade fizeram com que a Rússia reduzisse os ataques aéreos a Grozny nos últimos dias e a capital gozou de uma relativa calma. Mas, na noite de quinta-feira, unidades russas nos setores de Alkhan-Yurt e Alkhan-Kala, oito quilômetros ao sul de Grozny, dispararam quatro séries de 100 foguetes em direçao à cidade. Fogo similar proveio de baterias russas de artilharia ao norte e a leste da cidade até as 5h desta sexta.

Os moradores de Grozny estao vivendo em poroes úmidos há semanas, esperando sobreviver aos ataques aéreos. Sem contar os combatentes, a maior parte dos residentes idosos ou doentes permaneceu na cidade, embora outros milhares tenham fugido.

Um major do Exército russo, responsável pela bateria de 12 lança-foguetes posicionada perto de Alkhan-Kala, disse ter ordens para continuar disparando sobre Grozny durante os próximos dias, a fim de acabar com qualquer resistência. "Dissemos a eles para sair da cidade, mas se limitaram a rir", disse o major que se identificou apenas pelo nome de guerra, Andrei, referindo-se aos militantes chechenos. "Bem, agora já nao vao rir mais".

O general russo Valery Manilov disse aos jornalistas em Moscou, na noite de quinta-feira, que as forças russas eliminaram mais de 4 mil militantes chechenos, contra 187 soldados russos mortos e 545 feridos desde o início da ofensiva, em setembro.




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