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Mandante da morte de Chico Mendes cumpre prisão domiciliar no AC
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
27/12/2007 | 20:40
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O fazendeiro Darly Alves da Silva, mandante do assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, está cumprindo prisão domiciliar por 90 dias numa fazenda no município de Xapuri, no Acre. A determinação é da juíza da Vara de Execuções Penais do Acre, Maha Kouzi Manasfi e Manasfi.

O pedido de transferência do regime fechado para prisão domiciliar havia sido feito pelos advogados do fazendeiro em junho, mas só agora a Justiça concedeu o benefício.

De acordo com o advogado de defesa de Darly, Heitor Andrade Macedo, o fazendeiro está doente e, por causa da idade avançada, necessita de cuidados especiais.

Segundo Andrade, Darly Alves da Silva foi submetido a uma junta médica estadual. A conclusão do relatório é de que o fazendeiro é portador de gastrite crônica.

"O senhor Darly tem diversos problemas de saúde. Após ser submetido a exames, a junta médica do Acre constatou que sua saúde necessitava de cuidados especiais e concedeu 90 dias de prisão domiciliar para que ele recebesse tratamento", alega o advogado.

A Fazenda Paraná, onde o criminoso cumprirá a prisão domiciliar, foi o local onde a morte de Chico Mendes foi planejada. No último sábado,  mesmo dia em que o fazendeiro foi libertado, a morte do líder seringueiro completou 19 anos.

Trajetória- Darly foi condenado em dezembro de 1990 a 19 anos de prisão por encomendar a morte de Chico Mendes, em dezembro de 1988.

Ele cumpriu três anos e fugiu da prisão em Rio Branco em fevereiro de 1993. Em 1996, foi recapturado e cumpriu mais oito anos de prisão. Há três anos, foi solto para cumprir liberdade condicional.

Durante o período em que esteve foragido, Darly se escondeu no município de Medicilândia, no Pará. Nesta cidade, o fazendeiro cometeu outro crime: utilizou documentos falsos para conseguir um empréstimo no Banco da Amazônia (Basa).

Depois, ele foi julgado e condenado a dois anos e meio de prisão, em regime fechado, e a pagamento de multa.

Em 2006, Darly Alves da Silva morava novamente na Fazenda Paraná, em Xapuri, onde encomendou a morte do líder seringueiro.

Lá, o criminoso foi preso quando estava em um cartório. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal paraense em Santarém.

Darly não chegou a cumprir toda a pena e saiu do presídio Francisco de Oliveira Conde no último dia 22.




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