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Previdência: Paim não revela se vota unido com o PT
Do Diário OnLine
Com Agências
24/11/2003 | 17:16
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O vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), optou pelo mistério e ainda não revelou se votará contra ou a favor da reforma da Previdência, que será apreciada nesta terça-feira, em primeiro turno, no Plenário da Casa. Para conseguir o voto do senador gaúcho, o governo deve providenciar alterações em quatro pontos da reforma: no subteto dos funcionários públicos estaduais; nas regras de transição; na paridade entre ativos e inativos; e na taxação dos aposentados.

No entanto, ele já deu uma dica. Caso o governo não avance em nenhuma destas questões, o voto será contra. "A priori, voto contra a reforma. Se não avançar na negociação, voto contra", revelou Paim, que se reúne na manhã de terça com o presidente do PT, José Genoino (SP), e com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT) – responsável pelas negociações em torno do texto do relator e líder do PT na Casa, senador Tião Viana (AC).

De acordo com informações da Agência Brasil, Paim admitiu também a intenção de fazer com que o governo aprecie o Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela depois de 30 dias da aprovação do texto principal. No entanto, como a agenda do governo está no limite, para que a reivindicação do vice-presidente do Senado se concretize será necessário convocar extraordinariamente o Congresso Nacional e convencer os deputados a derrubarem todos os prazos regimentais por acordo de líderes. "Sabe-se que nesta casa, quando há vontade política se aprova qualquer coisa em tempo recorde", declarou Paulo Paim.

A PEC paralela foi criada para abrigar todas as propostas de modificações no texto principal da reforma da Previdência. Essas alterações foram apresentadas tanto por parlamentares da base aliada quanto da oposição (PFL, PSDB e PDT).

Conseqüências - O senador Paulo Paim voltou a dizer que não teme qualquer tipo de punição por parte do PT caso ele vote contra à reforma. Ele chegou a admitir uma possível saída do partido se por ventura a Executiva Nacional decidir expulsá-lo. "Estou disposto a encarar a realidade."

Reforço - Se o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), ainda não definiu se vota junto com a base aliada, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) confirmou, na tarde desta segunda-feira, que votará pela aprovação da reforma da Previdência. O governo não dava como certo o voto dela, pois ela exigia mudanças nas regras de transição, na paridade entre servidores ativos e inativos e nas das regras para a taxação dos aposentados.

Apesar de se unir à base, ele disse, em seu discurso no Plenário, que não quer ser taxada como traidora ou direitista. "Quero permanecer no Partido dos Trabalhadores. Não quero que me considerem traidora. Traição é deixar o PT e ir para a direita. Neste momento de quase desespero eu digo: precisamos ter fidelidade partidária", disse.

Porém, ela deixou claro que na votação das emendas, marcadas para quarta-feira (dia 26), ela vai lutar para que suas idéias sejam incorporadas à PEC paralela. "Vamos lutar para que na reforma da Previdência se considere, para valer, a questão da paridade, das regras de transição e dos inativos", afirmou.

Com a confirmação de Serys, o PT votará praticamente unido pela aprovação da reforma previdenciária. A senadora que faz parte da chamada 'Ala Radical', Heloísa Helena (AL), deve ir contra o governo federal. O outro voto que pode ser contra é o de Paulo Paim.




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