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Para Adauto Campanella, PMDB está acéfalo
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/03/2011 | 07:39
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A crise que envolve o PMDB de São Caetano parece não ter fim. O racha é evidenciado entre o atual presidente do diretório municipal, Nilo Figueiredo, no comando há 15 anos, e o vice, Adauto Campanella, que reclama da falta de renovação e da condição de letargia da legenda. Nem mesmo o ingresso do ex-vereador Ângelo Pavin, hoje no PTB, que ocorrerá até o fim do mês, é visto como solução para a reformulação nos quadros.

Segundo Adauto, apesar de tradicional, atualmente o PMDB não está produzindo absolutamente nada na cidade, como sugestões à administração. "O diretório é antiquíssimo, existe identidade com seus militantes, mesmo mal trabalhado pelo atual presidente. Não é realizada nenhuma proposta de política pública. O partido está acéfalo", disparou o ex-vereador.

O falecimento do Orestes Quércia, então presidente da executiva estadual, é colocado como um dos empecilhos para a morosidade na oxigenação. "O Quércia acenava pela necessidade de mudança. Não desmereço o trabalho do Nilo, mas acredito que chegou ao fim. Deve-se abrir espaço para novas ideias, experiências."

Em sua defesa, Nilo argumenta que sempre buscou o entendimento com a militância, mas que após o período eleitoral os integrantes do partido somem de maneira abrupta. "Estou dando a minha contribuição. Quero que apareça o salvador da pátria para solucionar os problemas de uma hora para outra. A intenção é ficar no comando até outubro, quando haverá a convenção municipal. Veremos como caminharão as chapas até lá."

O nome de Pavin está sendo cotado para a função de dar o pontapé no processo. Entretanto, para Adauto, não é pessoa de fora que resolverá as dificuldades peculiares do PMDB municipal. "Ele nunca militou no partido. Tem de ter identidade. De repente, se vier com boas intenções, pode ajudar, mas não sei se seria a pessoa mais indicada para isso", disse, acrescentando que entre os 1.000 filiados daria para formar a nova executiva.

Adauto defende o nome de Eduardo Leite (PMDB), filho do ex-prefeito Raimundo da Cunha Leite, para assumir o diretório e iniciar a transformação. "É competente, auditor fiscal da Receita Federal e boa formação acadêmica, mas sozinho não se faz nada."

De acordo com Adauto, que foi chefe de Gabinete do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) no primeiro mandato e hoje é assessor do gabinete da presidência da Câmara, candidatura própria em 2012 engrossaria a estrutura. "O PMDB tem de demonstrar proposta, pois à medida que apresentamos nome a sigla mostra força, com sua leitura de programa de governo."




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