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Quatro palestinos são mortos em incursão israelense em Rafah
Da AFP
02/04/2003 | 22:04
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Quatro palestinos morreram numa incursão do Exército israelense em Rafah (sul da Faixa de Gaza), na madrugada desta quinta-feira (noite de quarta no Brasil). Segundo autoridades palestinas, quatro jovens foram assassinados por artilharia israelense e outros oito ficaram feridos – dois em estado grave.

Mahmud Chaath, 24 anos, morreu ao ser atingido pelo disparo do canhão de um blindado. Ibrahim Chaluf, 18, e Wissam Al Chaar, 24, morreram por disparos de dois foguetes de um helicóptero de ataque. Walid Al Edowi, 19, foi metralhado.

As baixas da madrugada desta quinta-feira elevam para 3.124 o número de mortos desde o início da Intifada, no final de setembro de 2000. São 2.347 palestinos mortos e 719 israelenses.

Cerca de 40 blindados e várias escavadoras avançaram um quilômetro no campo de refugiados de Rafah, situado próximo à fronteira com o Egito. Um blindado disparou dois obuses e os soldados dispararam com armas automáticas durante a incursão, enquanto dois helicópteros sobrevoavam o setor – segundo relatos de autoridades palestinas.

Uma fonte militar disse que quatro soldados israelenses ficaram levemente feridos quando o veículo blindado que os abrigava virou por efeito da explosão de uma carga ativada a distância.

O exército israelense derrubou com escavadoras uma casa no campo de refugiados, de acordo com a fonte palestina de segurança.

Desde agosto de 2002, o exército implodiu na Cisjordânia e na Faixa de Gaza mais de 179 casas pertencentes a palestinos acusados de ter participado de atentados em Israel ou de ataques contra colonos ou militares israelenses nos territórios ocupados.

Um porta-voz da Autoridade palestina, citado pela agência oficial Wafa, denunciou "a persistência das agressões militares israelenses nos campos e cidades palestinas" e pediu ao Quarteto (Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU) que intervenha para "acabar com esses crimes".

A fonte militar israelense afirmou ainda que o Exército vai continuar a realizar uma vasta operação de captura no campo de refugiados de Tulkarem, norte da Cisjordânia.

Pelo menos mil palestinos do campo, detidos ao longo do dia para a comprovação de suas identidades, foram postos em liberdade, mas não foram autorizados a voltar para casa até o fim das operações do Exército. Por isso, eles tiveram de passar a noite no acampamento vizinho de refugiados de Nur El Chams, acrescentou a fonte.




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