Economia Titulo
Funcionários recusam
nova proposta da GM
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/09/2011 | 07:13
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Assembleias de trabalhadores da General Motors em São Caetano votam hoje nova proposta da montadora, que oferece agora reposição pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, mais 2% de aumento real (descontada a inflação), o que significaria alta de 9,41%, e ainda abono de R$ 2.000. Apesar de programar a votação, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, após a reunião realizada ontem com a direção da General Motors do Brasil, já adiantou que recusou a proposta patronal de reajuste salarial, por considerar o índice aquém da expectativa.

O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, afirmou que espera que a fabricante chegue, pelo menos, ao índice oferecido aos trabalhadores de montadoras em São Bernardo, base ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que conquistou 10% de reajuste neste ano. Ele disse ainda que, logo depois das assembleias no portão da fábrica, na Avenida Goiás, às 6h e às 15h, e, se confirmada a recusa, por parte dos trabalhadores, estão programados protestos. A companhia voltou a informar que não faz comentários sobre negociações salariais, quando elas ainda estão em andamento.

REPOSIÇÃO - Na quinta-feira, a empresa havia oferecido 8% para seus 12 mil trabalhadores na região. O índice ficaria bem próximo de repor apenas a inflação, o que foi recusado de imediato pela entidade sindical.

Para Cidão, a empresa tem condições de melhorar ainda mais sua proposta e chegar, pelo menos, aos 10%, como o alinhavado entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para as fábricas das montadoras Volkswagen, Scania, Ford, Toyota e Mercedes-Benz. Nesse caso, houve ainda a definição de aumento para o ano que vem com base na inflação de 2011 mais 2,39%.

No dia 28, durante assembleia dos Metalúrgicos do ABC, o presidente do sindicato, Sérgio Nobre, explicou que o acordo firmado vale por dois anos em virtude das incertezas da economia frente à crise financeira mundial, com destaque para as dificuldades dos países da Europa e das mudanças na configuração dos motores de caminhões, que deverão encarecer o produto em 15%. Com isso, a expectativa é de que as vendas devem recuar no primeiro semestre de 2012.

EXPRESSIVO - Também no fim do mês passado, os metalúrgicos da Renault do Brasil, de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, aceitaram proposta de aumento salarial real que pode chegar a 20,19% entre 2011 e 2013, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.

O acordo prevê, segundo o sindicato, aumento real e cumulativo de salário de 2,5% neste ano, 3% em 2012 e 3,5% em 2013. Além do que, já neste ano, o plano de cargos e salários terá reajuste de 10% na primeira faixa salarial, que beneficiará 80% dos trabalhadores da montadora.

Essa entidade também obteve ganhos expressivos para a Participação nos Lucros e Resultados e abonos. Ficou acertado que os valores chegarão a R$ 61,5 mil até 2013. A Renault tem cerca de 5.700 trabalhadores diretos.

(com AE)
Colaborou Karina Nappi




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