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PF caça patrimônio de facção em três Estados
02/09/2006 | 21:32
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Depois de estragar a festa do PCC(Primeiro Comando da Capital) em Porto Alegre, a PF (Polícia Federal) voltou-se para São Paulo, deslocando homens e helicópteros para caçar bandidos do PCC. Quase uma centena de agentes desembarcou sábado no Estado para iniciar a segunda fase da Operação Facção Toupeira: a busca pelo patrimônio, documentos, armas e drogas da facção.

Além de São Paulo, os federais expandiram a operação para mais dois Estados: Paraná e Mato Grosso. Eles se somam aos outros dez onde os agentes cumpriram mandados de prisão e fizeram buscas na sexta. Os policiais devem cumprir 84 mandados pelo Brasil. Até agora, 40 pessoas foram presas pela PF. Outras seis estão foragidas.

Em São Paulo, os federais iniciaram as buscas às 7h na capital e na região metropolitana. Tentavam prender dois líderes do PCC, identificados com base no trabalho da inteligência da PF.

Também começaram a revistar imóveis dos integrantes do grupo e de seus parentes. As investigações da polícia indicam que a maior parte dos R$ 164 milhões furtados por grandes assaltantes e por bandidos ligados ao PCC do Banco Central de Fortaleza, em 2005, foi usada para a compra de imóveis e drogas. O objetivo da polícia é pedir o seqüestro dos imóveis à Justiça Federal.

Os agentes também sabem que uma parte menor do dinheiro furtado ainda está guardada.

Os mandados de busca e apreensão pedidos pela PF à Justiça incluíam, por isso, as casas de parentes dos criminosos, onde eles podem ter escondido o dinheiro.

A operação de sábado complementa a de sexta-feira, que representou a maior vitória da PF no combate ao crime organizado. Os bandidos detidos planejavam o furto simultâneo de milhões guardados nos cofres do Banrisul e da Caixa Econômica Federal no centro de Porto Alegre.

Para isso, compraram por R$ 1,2 milhão um prédio a partir do qual estavam construindo um túnel para entrar nos cofres dos bancos. O trabalho deveria ser concluído em 7 de setembro, programado para ser o Dia D do PCC na guerra que começou em maio contra as autoridades.

Além de desbaratar a quadrilha responsável pelo mais audacioso plano do PCC desde o furto no Banco Central, os agentes conseguiram deter dois líderes da facção: Lucivaldo Laurindo, o Torturado ou Tatuzão, e Carlos Antônio da Silva, o Balengo.

O primeiro foi o mentor do furto no BC e o segundo é suspeito de ter comandado o seqüestro, em agosto, do jornalista Guilherme Portanova, da TV Globo.

A ação da PF em São Paulo deve continuar esta semana. Objetivo é descobrir ramificações do bando e relações com presos.




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