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Fleury isenta Ubiratan de culpa pelo massacre do Carandiru
Do Diário OnLine
22/06/2001 | 17:16
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O deputado federal e ex-governador do Estado de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho (PTB) defendeu nesta sexta-feira a ação da Polícia Militar ao invadir a Casa de Detenção, em 1992, durante uma rebelião. A ação da polícia resultou na morte de 111 detentos. Fleury isentou o coronel da PM Ubiratan Guimarães de qualquer culpa no caso. “Sua ação foi estritamente legal”, disse.

O ex-governador, em entrevista à Rádio CBN, afirmou que a PM tinha ordem para que a Tropa de Choque entrasse no presídio. “A entrada foi absolutamente legítima naquele momento e Ubiratan estava agindo em cumprimento de seu dever legal.”

Para Fleury, Ubiratan não deve ser responsabilizado pela morte dos detentos, que aconteceu a partir da entrada dos PMs no local. Ele contou que, instantes depois das invasão da Casa de Detenção, os presos arremessaram um objeto que explodiu perto do coronel, o que o fez desmaiar. Segundo o deputado, Ubiratan, então, foi retirado do presídio naquele momento e não retornou mais à Casa de Detenção. “A Justiça teve dez anos para apurar a conduta que existiu após a entrada dos PMs no presídio”, afirmou, absolvendo o coronel.

O ex-governador lembrou que, na ocasião, estava em Sorocaba e só conseguiu chegar à capital quando a invasão do presídio já havia acontecido. Ele explicou que, no interior, havia recebido a informação de que a rebelião estava controlada. Apesar de não ter ordenado a invasão, ele a considerou “absolutamente correta”.

Fleury disse ainda que apenas soube do número exato de mortos na tarde do dia seguinte.

Ubiratan está sendo julgado pela morte de 111 presos do Carandiru. O julgamento entra em seu terceiro dia nesta sexta-feira, quando devem continuar sendo lidos depoimentos de policiais, vítimas e sobreviventes e livros sobre o massacre.




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