O comportamento dos preços dos alimentos continua, como nos últimas apurações, com forte influência no custo de vida. Contribui com 0,36 ponto percentual no índice geral, ao apresentar média de 1,07% de alta. O crescimento mais importante ocorreu nos produtos in natura, cuja variação foi de 4,01%, ante os 3,79% da quadrissemana anterior. Um dos vilões foi o tomate, cujo preço subiu em média 55,41%, seguido pela cebola (22,55%) e beterraba (18,41%). Já as frutas e verduras tiveram seus valores diminuídos (1,84% e 1,26% respectivamente), contribuindo para impedir uma alta mais acentuada.
Despesas pessoais (alta média de 1,8%) também influíram com 0,36 ponto na taxa inflacionária. O comportamento desse grupo reflete as variações nos produtos de higiene e beleza (aumento de 3,38%), aliado aos reajustes captados no subgrupo de recreação e cultura, que apresentou alta de 4,16%, por conta do maior desembolso com passagem de ônibus para o litoral e aumentos nas mensalidades dos clubes (1,08% em média).
Já em habitação, houve uma elevação média de 1,05%, que se deve principalmente a reajustes em produtos de limpeza (5,76% mais caros) e do aumento no subgrupo manutenção do domicílio (alta de 0,93%), dentro do qual figuram como destaque a alta do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de Santo André – que terá a partir deste mês efeito residual por já ter sido incorporada ao índice – e consertos de utensílios e reparos domésticos.
Perspectivas – A trajetória inflacionária ainda é de desaceleração em seu ritmo, mas isso vem ocorrendo de forma bastante gradativa, segundo o assistente de coordenação da pesquisa, Lúcio Flávio Dantas. A inflação nos últimos 12 meses saltou para 17,01% e a acumulada neste ano já registra 4,42%. Com isso, o pesquisador observa que já ficou comprometida a obtenção de uma taxa inferior a 10% como meta de inflação para o ano.
No mês de abril, deverá haver uma inflação menor do que a de março, apesar das incertezas da economia mundial. Dantas considera que no curto prazo pode haver pequeno impacto da guerra nos preços de derivados de petróleo para o consumidor na região e ao mesmo tempo, o real vem se valorizando, o que segundo ele, favorece a confiança dos agentes econômicos.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.